MRV (MRVE3) mostra resultados fracos em prévia operacional, diz relatório do BTG (BPAC11)
O BTG Pactual (BPAC11) divulgou na última segunda (18) um relatório sobre a MRV (MRVE3), comentando os resultados da prévia operacional do terceiro semestre de 2021. O banco considera que a empresa registrou resultados fracos, mas segue com a recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 23,00.
Segundo o BTG, a MRV (MRVE3) reportou números operacionais mornos no trimestre: os lançamentos mais fortes do que o esperado foram compensados por vendas fracas e queima de caixa no trimestre. As vendas líquidas totalizaram R$ 1,39 bilhão, representando queda de 29% ao ano e 23% abaixo das estimativas do BTG.
Além disso, obteve R$ 1,35 bilhão no programa de CVA, queda de 31% ao ano, e R$ 39 milhões de unidades de loteamento da marca Urba, que dessa vez representa crescimento, de 235%. A relação vendas-excesso de oferta foi de 14% , contra 21% durante o mesmo período no ano passado e 18% no segundo semestre deste ano.
“No geral, a MRV registrou resultados fracos no 3T21 como vendas fracas (provavelmente impactadas por vendas mais altas preços) e queima de caixa (esperávamos a venda de projetos AHS para impulsionar o FCF) compensado
lançamentos mais fortes (impulsionados por novos produtos da marca Luggo). Inventários MRV estão aumentando, enquanto os custos de construção mais elevados podem impactar as margens, o que pode levar a um momento difícil de curto prazo“, comenta o BTG.
MRV destaca venda de ativos da AHS
Em seu relatório, a MRV apontou como destaque positivo a venda de ativos da AHS, subsidiária da construtora nos Estados Unidos, que vendeu dois empreendimentos por um valor total de R$ 669 milhões (US$ 123 milhões).
A venda sobre oferta (VSO) do braço da MRV foi de 14% no período, com queda de 7,2 pontos porcentuais em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.
Já o banco de terrenos (land bank) total do grupo somou R$ 66,9 bilhões no trimestre, com avanço anual de 15,3%.
Segundo a companhia, a MRV adotou uma estratégia mais agressiva de aumento de preços, com o objetivo repassar parte da inflação nos custos de materiais observada ao longo dos últimos trimestres, além de testar a demanda em suas diversas praças de atuação e linhas de produtos.