A MRV (MRVE3) divulgou nesta quinta-feira (21) que fará a 20ª emissão de debêntures da companhia, no total de R$ 700 milhões, dividido em até duas séries. Os títulos serão simples, não conversíveis e não permutáveis em ações.
A remuneração se dará pelos juros correspondentes a 100% dos DI, acrescidos de taxa de até 1,39% ao ano para a primeira série e até 1,64% para a segunda. O pagamento ocorrerá semestralmente. O valor nominal unitário das debêntures será de R$ 1.000,00
O prazo de vencimento das debêntures de primeira série será de 5 anos contados da data de emissão, vencendo na data a ser definida na Escritura de Emissão. Os da segunda série, por sua vez, será de 7 anos. Segundo a empresa, os recursos captados serão utilizados em atividades relacionadas à gestão ordinária dos negócios.
Nesta semana, a MRV divulgou sua prévia operacional do terceiro trimestre de 2021. A empresa registrou volume de R$ 2,084 bilhões em lançamentos no trimestre destacado, com leve alta de 0,5% em relação ao mesmo período do ano passado. O grupo apresentou avanço de 2,4% nas vendas líquidas na comparação anual, atingindo R$ 2,014 bilhões, com a venda de 8.455 unidades.
Segundo a companhia, MRV&Co adotou uma estratégia mais agressiva de aumento de preços, com o objetivo repassar parte da inflação nos custos de materiais observada ao longo dos últimos trimestres, além de testar a demanda em suas diversas praças de atuação e linhas de produtos.
Entre os destaques, a MRV (MRVE3) aponta que registrou a venda de ativos da AHS, subsidiária da construtora nos Estados Unidos, que vendeu dois empreendimentos por um valor total de R$ 669 milhões (US$ 123 milhões).
Para BTG, MRV divulgou resultado fraco
O BTG Pactual (BPAC11) divulgou no mesmo dia um relatório sobre a MRV, comentando os resultados da prévia operacional do terceiro semestre de 2021. O banco considera que a empresa registrou resultados fracos, mas segue com a recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 23,00.
“No geral, a MRV registrou resultados fracos no 3T21 como vendas fracas (provavelmente impactadas por vendas mais altas preços) e queima de caixa (esperávamos a venda de projetos AHS para impulsionar o FCF) compensado
lançamentos mais fortes (impulsionados por novos produtos da marca Luggo). Inventários MRV estão aumentando, enquanto os custos de construção mais elevados podem impactar as margens, o que pode levar a um momento difícil de curto prazo“, comenta o BTG.
(Com informações da Agência Estado)