A MRV (MRVE3) informou, nesta terça-feira (15), que registrou alta de 18,8% nas vendas líquidas do terceiro trimestre de 2019. A principal justificativa apontada foi a estratégia de favorecimento de unidades financiadas pelo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) ao mesmo tempo em que a Caixa Econômica Federal paralisou os repasses do programa habitacional Minha Casa Minha Vida.
A MRV observou as vendas de R$ 1,395 bilhão de reais de julho ao fim de setembro, enquanto distratos recuaram para R$ 95 milhões. No terceiro trimestre de 2018, foram registrados R$ 279 milhões. No período abril-junho de 2019, os distratos apresentaram queda de 22%.
Em comunicado, a construtora afirmou que: “foi observado, no terceiro trimestre, uma longa paralisação nas contratações dos financiamentos à construção e nos repasses das vendas do Minha Casa Minha Vida, que perdurou de 26 de julho a 20 de setembro”.
Por conta da suspensão nos repasses do programa pela Caixa Econômica Federal durante o período, a construtora optou por realizar as vendas de setembro isolado de seu processo de Venda Garantida, em que a MRV contabiliza os negócios após o repasse do financiamento.
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Contudo, a empresa salienta que os cancelamentos de contratos do período “serão baixos, uma vez que os repasses já foram regularizados e estão sendo feitos rapidamente”
A MRV também declarou que: “O motivo desta paralisação foi a falta de recursos da união para arcar com seu percentual de 10% dos subsídios oferecidos aos clientes do MCMV, ainda que os 90% dos subsídios a serem depositados pelo FGTS estivessem disponibilizados”.
O governo alterou, durante o trimestre, a regra do programa “MCMV”, o que retira a obrigatoriedade da União participar dos subsídios no fim de 2019, explicou a empresa, “garantindo, assim, que não haverão mais problemas desta natureza neste ano”.
A MRV reduziu em 3% o número de lançamentos no terceiro trimestre em comparação ao mesmo período de 2018.
De acordo com a MRV: “uma vez que é adotada a política de apenas realizar o lançamento de um empreendimento após a contratação do financiamento à construção, o volume de lançamentos no trimestre teria sido maior, se não fosse o atraso na contratação dos financiamentos à construção ocorridos no terceiro trimestre”.
Entretanto, a MRV subiu em 10% o preço médio dos apartamentos lançados na comparação anual.