O Ministério Público de São Paulo informou nesta quarta-feira (25) que foi aberto um inquérito civil para investigar a Enjoei (ENJU3) pela suposta venda, em sua plataforma, de produtos falsificados.
A plataforma online da Enjoei comercializa produtos novos e usados. O documento do Ministério Público menciona que a Enjoei foi notificada sobre a apuração, mas, segundo o órgão, não tomou providências para banir um usuário que estaria vendendo produtos falsificados no aplicativo da empresa.
O MP registra que a Enjoei não devolveu às pessoas que reclamaram da origem desses produtos os valores referentes às vendas.
No inquérito, o MP explica que, “nos termos do art. 6º, inc. VI, do Código de Defesa do Consumidor, é direito básico do comprador a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos.”
Balanço do 2T21 indicou prejuízo
A companhia divulgou, no último dia 13, seu balanço operacional do segundo trimestre de 2021. A companhia somou um prejuízo de R$ 30,040 milhões no período, uma perda 10 vezes superior à registrada em igual período de 2020.
Por outro lado, a receita líquida aumentou 105% na mesma base de comparação, atingindo R$ 26,5 milhões, em 2021, ante R$ 12,9 milhões, em 2020.
O volume bruto de mercadoria (GMV, na sigla em inglês) anotou crescimento de 82% em relação a 2020. De acordo com a varejista, o resultado foi consequência da aquisição de novos usuários, do aumento da recorrência na plataforma, bem como da aceleração do EnjuPro e início das operações no B2B2C.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado da Enjoei ficou negativo em R$ 19,1 milhões, ante um resultado negativo de R$ 0,18 milhões de abril a junho do ano passado.
Além disso, a Enjoei fechou o último trimestre com 181 mil novos compradores, uma alta 29% de crescimento em relação ao ano anterior. Compradores recorrentes superaram a curva de novos compradores e aumentaram 58% na comparação ano a ano.
Última cotação da Enjoei (ENJU3)
A ação da Enjoei (ENJU3) encerrou o pregão de hoje em queda de 3,19%, valendo R$ 6,97. No ano, o papel da companhia acumula uma queda de 45,33%, frente ao fechamento a R$ 12,75 ao final de dezembro de 2020.