Movida (MOVI3): XP vê ‘depreciação mais alta’ mas mantém otimismo com ações
Em análise sobre o resultado da Movida (MOVI3) no quarto trimestre de 2022 (4T22), especialistas da XP destacam que viram números ‘mais fracos do que o esperado’, mas que a empresa teve uma nova fonte de captação apresentada, mostrando um lado positivo do balanço financeiro.
No trimestre, o lucro da Movida foi de R$ 18 milhões, ao passo que a estimativa da XP era de R$ 32 milhões. Já o Ebitda foi de R$ 859 milhões ante projeções de R$ 915 milhões.
“O lucro líquido de R$ 18 milhões ficou 44% abaixo de nossa estimativa principalmente devido às fracas margens EBITDA de aluguel, à depreciação acima do esperado no RAC e GTF e também com os custos financeiros ainda elevados pressionando o lucro líquido”, dizem os especialistas da XP.
“Pelo lado positivo, notamos uma nova fonte de captação apresentada (dívida líquida reportada/EBITDA caiu de 3,1x no 3T22 para 2,8x no 4T22) de aproximadamente R$ 780 milhões em ‘cessão de direitos creditórios'”, seguem.
Apesar de ver fracas margens de locação da Movida no 4T22, a recomendação da XP ainda é de compra para os papéis.
O atual preço-alvo para MOVI3 é de R$ 25, ao passo que as ações são negociadas a cerca de R$ 6,50.
A tese considera um ‘risco inerente’, mas ressalta que a companhia possui um valuation descontado.
Além disso, dentro dos pontos positivos do resultado da Movida, a XP destaca a receita estável de Seminovos, mesmo com volumes 7% menor, “já que a Movida está vendendo carros com preços unitários mais altos comprados durante a fase inicial de restrição de oferta”.
Além disso, os especialistas destacam a Margem EBITDA de Seminovos normalizando de forma mais gradual do que as projeções, atingindo 7,5%.
Desempenho das ações da Movida
Conforme dados do Status Invest, as ações da Movida caem 5,6% no acumulado dos últimos seis meses, a atuais R$ 6,53. Em uma janela mais longa, de 12 meses, os papéis mostram baixa de 54%.