Movida (MOVI3) reverte lucro e tem prejuízo de R$ 17,9 mi no 2T23
A Movida (MOVI3) registrou prejuízo líquido de R$ 17,9 milhões no segundo trimestre de 2023. Com isso, reverteu o lucro líquido de R$ 187 milhões reportado em igual intervalo de 2022. O resultado foi impactado pelo aumento das despesas financeiras em decorrência também da elevação das taxas de juros, segundo o release de resultados divulgado nesta terça, 8.
O Ebitda da Movida ficou em R$ 890 milhões, queda anual de 1,7%. A margem Ebitda sobre receita líquida de locação foi de 72,1%, representando um recuo de 18,2 pontos porcentuais. A margem Ebitda sobre receita líquida total ficou em 35,9%, queda de 4,7 pontos porcentuais.
A receita líquida consolidada da Movida cresceu 11,1% em relação ao mesmo período do ano anterior, atingindo R$ 2,5 bilhões em decorrência da adição liquida de frota de gestão e terceirização de frotas.
A receita líquida de RAC alcançou R$ 675 milhões, expansão de 15,5% na mesma base comparativa, decorrente do crescimento de 9,7% na receita média mensal por carro.
Já a de GTF (Gestão e Terceirização de Frotas) ficou em R$ 558,1 milhões, alta anual de 33,9%, refletindo o aumento do número de carros e crescimento do tíquete médio, segundo o release de resultados.
Em seminovos, foram vendidos 18.806 mil carros, superando em 1,8% o volume de vendas do mesmo período de 2022. O tíquete médio foi de R$ 67 mil, com evolução anual de 0,6% e semestral de 8,4%, resultado da venda de um mix de carros de maior tíquete médio no início de 2023. Nesse cenário, a receita líquida atingiu R$ 1,2 bilhão no trimestre, crescimento anual de 1,4%.
Dívida da Movida
A dívida líquida da Movida finalizou o trimestre em R$ 11,4 bilhões, crescendo R$ 161 milhões devido à redução do caixa para R$ 2,6 bilhões após pagamento de carros comprados em trimestres anteriores.
A posição de caixa atual cobre a dívida bruta até meados de 2025 e o prazo médio da dívida líquida era de 4,8 anos no segundo trimestre de 2023, destaca a companhia. Como reflexo, a alavancagem da Movida, medida pelo indicador dívida líquida/Ebitda se manteve em 2,9 vezes.
Com Estadão Conteúdo