A Movida (MOVI3) registrou lucro líquido ajustado no quarto trimestre de 2021 de R$ 276,7 milhões, uma alta de 99,5% na comparação do mesmo período do ano passado. Também houve um aumento de 250%, de R$ 233,6 milhões em 2020 para R$ 819,4 milhões, no acumulado de 2021.
Já a receita líquida consolidada registrada somou R$ 1,7 bilhão, valor recorde em um trimestre e avanço de 75,7% no ano a ano. No acumulado de 2021, o montante foi de R$ 5,3 bilhões, aumento de 30,5% em relação a 2020.
Um destaque para o aumento do consolidado do balanço foi a receita líquida de locação de veículos, que totalizou R$ 932 milhões no 4T21, alta de 86,4% em relação ao 4T20.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado foi de R$ 776,6 milhões no trimestre, avanço de 154,4% frente ao mesmo período do ano passado. Do valor total, R$ 595,1 milhões vieram apenas de locação. Já a margem Ebitda sobre o valor consolidado foi de 44,6%, aumento de 13 pontos percentuais ante o quarto trimestre de 2020.
Para os valores acumulados do ano, o Ebitda ajustado foi de R$ 2,083 bilhões, elevação de 132,8% contra o total de 2020. A margem foi de 39,1%, crescimento de 17,2 p.p.
O Retorno sobre Capital Investido (ROIC, na sigla em inglês) subiu 7,5 p.p. na comparação anual, para 15,3%. Já o Retorno sobre o Patrimônio (ROE, na sigla em inglês) avançou para 29%.
“O ano de 2021 marcou o fim de uma fase de adaptação e desenvolvimento em função da pandemia, em que solidificamos ainda mais nossas bases com fundamentos perenes, nos deixando prontos para um novo ciclo de expansão”, diz o CEO da companhia, Renato Franklin, em mensagem da apresentação de resultados.
Rent-a-Car (RAC)
A frota total da Movida fechou setembro com 187 mil carros, crescimento de 58,1% e uma adição líquida de 68 mil carros quando comparada ao 4T20 – já considerando a incorporação da CS Frotas.
A empresa destaca que anualmente foram as maiores diárias médias desde o IPO (oferta primária de ações, na sigla em inglês), totalizando R$ 95 no consolidado do ano e R$ 119 no 4T21, um crescimento de 40,5% contra o mesmo período do ano passado: “Reflexo dos novos hábitos de consumo, da demanda da alta temporada, mix mais premium da frota e repasse de preços efetuado a partir do segundo semestre de 2021”.
Em 2021, a receita líquida do aluguel de carros atingiu R$ 1,7 bilhão, crescimento de 51,5% (R$ 581,3 milhões) em relação a 2020 em decorrência do crescimento da frota e das diárias, assim como o aumento da tarifa média, que atingiu R$ 95,7 mi, representando alta de 26,8% em relação ao ano anterior.
Gestão e Terceirização de Frotas (GTF)
De acordo com a apresentação da Movida, a receita líquida do segmento de GTF chegou a R$ 372,7 milhões, uma elevação de 164,3% ante o trimestre anterior e R$ 231,7 milhões contra a comparação anual. “O aumento entre os trimestres citados é decorrente principalmente da incorporação da CS Frotas, em função da contabilização do trimestre integral nos resultados deste 4T21”, apontou o texto da companhia.
No acumulado de 2021, a receita líquida alcançou R$ 1 bilhão, alta de 97,5% contra 2020, pelos seguintes motivos:
- Incorporação de mais de 25 mil carros da CS Frotas e contabilização de 5 meses em 2021;
- Expansão da frota, que terminou o ano com mais de 90 mil carros, representando um crescimento de mais de 49 mil carros em relação a 2020, em decorrência da adição de 25 mil carros da CS Frotas, do crescimento do Movida Zero Km, e da adição e renovação de contratos corporativos;
- Aumento de 30,0% do ticket médio mensal na comparação com o 4T20, com repasse dos novos patamares de juros e preços dos veículos para renovação e aumento da frota para novos contratos, conforme já mencionado nos trimestres anteriores.
A Movida também ressalta que as diferenças entre a frota média operacional e a final de período de 2021 foram maiores do que a série histórica, devido à incorporação da CS Frotas. Ela foi adicionada a partir de agosto de 2021, e a adição de carros, no final de dezembro de 2021.
Cotação
No Ibovespa hoje, as ações da Movida encerraram o dia em estabilidade, cotadas a R$ 15,70. Nos últimos 12 meses, os papéis acumularam queda de 16,44%.