A Movida (MOVI3) apresentou, na madrugada desta quinta-feira (29), seu resultado do segundo trimestre deste ano. A companhia reportou um lucro líquido de R$ 174 milhões, alta de 6.556% sobre os R$ 2,6 milhões do mesmo período do ano passado.
A receita líquida foi de R$ 1,21 bilhão, recorde de faturamento em um trimestre. A receita oriunda da atividade de aluguéis atingiu R$ 538 milhões, também o maior nível já registrado pela Movida.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado foi de R$ 315,5 milhões, avanço de 533,5% frente ao mesmo período do ano passado.
O Retorno sobre Capital Investido (ROIC, na sigla em inglês) subiu 2,4 pontos percentuais na mesma base comparativa, para 11,4%. A diferença entre o ROIC e o custo da dívida no segundo trimestre foi de 8,3%.
A frota foi ampliada em 29 mil carros em 12 meses, encerrando junho com 134 mil veículos.
A administração da companhia também destacou a incorporação da CS Frotas durante o trimestre. A empresa é líder da gestão de terceirização de frotas (GTF) no setor público, com 24 mil carro.
O crescimento da frota no último ano foi de 42%. “Como se trata de uma coirmã, a integração e a captura de sinergias estimadas em R$ 40 milhões anuais se darão de maneira eficiente e rápida, gerando ainda mais valor para os investidores”, disse o CEO Renato Franklin, em comunicado.
Diária média do RAC aumenta
A receita bruta da atividade de Rent a Car (RAC) no segundo trimestre foi de R$ 388 milhões, avanço de 88,4% em comparação ao segundo trimestre do ano passado.
Segundo a Movida, isso é resultado da adição de seis pontos percentuais na taxa de ocupação, que atingiu 79,6%. O aumento de mais de 12 mil carros na frota também contribuiu.
O valor médio da diária no RAC ficou em R$ 84,10, sendo que 12 meses atrás era de R$ 59,50. No primeiro trimestre deste ano, a diária média foi de 81,7%, com uma taxa de ocupação ainda menor do que o registrado entre abril e junho.
Os custos da operação tiveram uma elevação de 14,5% no segundo trimestre, em função do aumento de aluguéis variáveis, principalmente em aeroportos, e aumentos dos custos de preparação dos carros para seminovos.
GTF e Seminovos da Movida respondem à recuperação econômica
O segmento de GTF teve uma expansão de 57,5% na receita líquida, para R$ 196 milhões. O lucro produto da operação foi de R$ 127,7 milhões, contra R$ 62,8 milhões do mesmo período do ano passado.
A expansão de 51% na frota operacional na comparação anualizada, aliada ao recorde de diárias e a redução da depreciação, fizeram com que a margem bruta atingisse 65% e expandisse 14,9% no segundo trimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado.
Na parte de Seminovos, foram vendidos 12,5 mil veículos no segundo trimestre, com o ticket médio de R$ 54.576, um aumento de 34,4% sobre o preço de venda praticado 12 meses atrás.
O aumento do volume de vendas na comparação com o trimestre imediatamente anterior, de 132,7%, é explicado pelo maior número de carros recebidos no trimestre.
Já a menor receita líquida do segmento, se comparado ao segundo trimestre de 2020, a R$ 680 milhões, “reflete a estratégia de melhorar a eficiência nas vendas”, informou a Movida.