A Movida (MOVI3), empresa do ramo de locação de veículos, divulgou, na noite da última quarta-feira (12), seu resultado do segundo trimestre deste ano. A companhia reportou um lucro líquido de R$ 2,6 milhões auferido entre abril e junho, queda de 93,7% sobre o mesmo período do ano passado.
A receita líquida, por sua vez, cresceu 5,8% na mesma base comparativa, para R$ 1,04 bilhão. Do total, a Movida informou que R$ 298,7 milhões foram oriundos da receita de serviços, enquanto R$ 749,1 milhões da receita de venda de ativos. O crescimento é explicado pela estratégia da companhia em meio à pandemia do novo coronavírus (Covid-19) em reduzir despesas e o número de carros operacionais.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado foi de R$ 151,3 milhões, estável na comparação anualizada. Dessa forma, a margem Ebitda ajustada (utilizada para comparar a lucratividade operacional da empresa) ficou em 50,7%, um crescimento de 10 pontos percentuais.
Segundo a empresa o Retorno Sobre Capital Investido (ROIC, na sigla em inglês) dos últimos 12 meses fiocu em 9%. O Retorno sobre Patrimônio Líquid (ROE, em inglês) apresentado foi de 10,4%. A diferença entre o ROIC e o custo da dívida ficou em +4,6 pontos percentuais.
O valor da diária média no trimestre foi de R$ 59,50, enquanto a taxa de ocupação do veículos da frota caiu para 72,9%. A receita bruta média mensal por carro caiu de R$ 1.893, no primeiro trimestre deste ano, para R$ 1.348 no segundo trimestre, em função da crise gerada pela pandemia.
A frota total da empresa, considerando o Rent a Car (RAC, em inglês, para locação de veículos) e o GTF (gestão de terceirização de frotas) atingiu 105.698 carros. O número de carros vendidos no trimestre subiu 14,9%, para 18.465.
Esse foi o maior número de Seminovos vendidos em um trimestre na história da empresa. O resultado, segundo a Movida, é reforçado pela “eficiência do giro do ativo”, que fez com que a frota ofertada no trimestre tivesse a menor quilometragem rodada. A companhia também destacou o preço médio por carro vendido, de R$ 40.615, crescimento de 5,6% sobre o segundo trimestre de 2019.
“Nossa estrutura de capital também foi fortalecida durante a pandemia e fechamos o trimestre com um caixa acima de R$1,7 bilhão, sustentado em grande parte pelo volume de vendas de Seminovos”, salientou a administração. A Movida, durante abril e junho, captou mais de R$ 1 bilhão em novos recursos, além de alongar R$ 130 milhões em dívidas.