Movida (MOVI3): aumento da frota continuará sendo “a estrela da empresa”, afirmam bancos

A Movida (MOVI3) reportou um resultado “brilhante” no 4T21, de acordo com relatório do BB Investimentos. Os bancos de investimento BTG Pactual (BPAC11) e Itaú BBA concordam que os números do balanço trimestral da empresa foram sólidos e dentro das expectativas.

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O BTG, particularmente, viu a margem Ebitda mais forte do que foi estimado, a R$ 777 milhões, sendo 12% acima das estimativas.

A Movida reconheceu R$ 18 milhões em créditos de PIS/COFINS de dezembro são devido a um estudo técnico, reduzindo a vida útil de alguns carros nos segmentos de aluguel e GTF no prazo de 24 a 48 meses.

Os analistas do BTG Pactual entendem que o impacto é recorrente, uma vez que é mensal e não há efeito retroativo relacionado aos últimos meses. O banco de investimentos estima um Ebitda, excluindo esse efeito, de R$ 759 milhões, ainda acima da projeção de R$ 693 milhões, graças a menores custos e S&GA.

Já a Ativa Investimentos diz que Movida está inserida em um setor ainda pouco explorado e com alto potencial de crescimento. Os analistas justificam com a mudança de hábitos de mobilidade da população, crescimento de aplicativos rides sharing e de serviços de aluguel de veículos em contratos de longo prazo,  São tendêencias que se consolidarão nos próximos anos”, explicam.

Já do ponto de vista operacional, a Ativa considera importante a incorporação da CS Frotas: “Enxergamos que o atual patamar de preços abre espaço para valorização das ações da companhia”, afirma.

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O BB Investimentos aponta que, com a aquisição do CS Frotas e o avanço da modalidade de locação por assinatura, o crescimento da frota da Movida foi de 103,8% no 4T21 ante mesmo período de 2020, agora contando com mais de 96 mil veículos e com uma fatia representativa de 52% da frota total da companhia.

O Itaú BBA afirma que mantém a classificação neutra mas positiva sobre a ação da Movida. “Apesar de desafios contínuos da COVID-19 ao longo de 2021, a Movida conseguiu desempenho em suas três divisões”, afirmam os analistas.

Além disso, a empresa concluiu um passo importante, segundo o Itaú BBA: a incorporação das operações da CS Frotas, iniciada em agosto de 2021, que trouxe cerca de 25 mil carros adicionais para o negócio de GTF da Movida.

O banco acredita que o GTF vai ser a “estrela do show” da empresa em 2022, com os seguintes pontos:

  • O produto de assinatura da Movida para clientes de varejo ganhando mais relevância (Movida Zero KM);
  • Sólido crescimento do CS Frotas; e
  • Uma tendência ascendente das margens impulsionada pelos dois fatores (Movida Zero KM e CS Frotas), bem como a continuidade melhorias.

Classificações da Movida

De acordo com as análises feitas pelos bancos de investimentos após a divulgação do balanço corporativo do quarto trimestre da empresa, confira as classificações:

  • BTG Pactual recomenda compra, com preço alvo de R$ 27 em 12 meses;
  • Ativa Investimentos recomenda compra, com preço alvo de R$ 25,40 e potencial de valorização de 48,6%;
  • O BB Investimentos recomenda compra, com preço alvo de R$ 22 nos próximos 12 meses, com potencial de valorização de 40,1%;
  • O Itaú BBA tem recomendação neutra, com preço alvo de R$ 23 nos próximos 12 meses, com potencial de valorização de 46,5%.

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Quais são os riscos?

A Ativa listou uma série de riscos sobre o investimento da Movida que incluem:

  • Inflação alta e aumento no preço de veículos, assim como da gasolina, o que afeta principalmente os motoristas de aplicativo em RAC;
  • A conclusão da fusão entre Unidas e Localiza, que é um risco concorrencial à Movida, “tendo em vista que o negócio daria a Localiza amplo poder de barganha junto às montadoras e ganhos de sinergia e escala, além de também abrir espaço para a entrada de uma nova grande empresa no setor”;
  • A possibilidade de agravamento da pandemia novamente, o que é um risco considerável para a operação RAC;
  • Atraso de entrega de veículos novos por parte das montadoras perdurar por mais tempo.

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Cotação

A ação da Movida nesta terça-feira (22) fechou em estabilidade, cotada a R$ 17,09.

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Victória Anhesini

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