A Movida (MOVI3) informou em fato relevante na terça-feira (1) que sua subsidiária, Movida Europe, iniciará uma nova oferta de recompra de títulos de dívida no valor de até US$ 175 milhões.
As notas, vinculadas a metas de sustentabilidade, serão remuneradas à taxa de 5,250% ao ano e com vencimento em 2031, sendo garantidas pela Movida Locação de Veículos S.A.
Segundo a empresa, o objetivo da operação é reduzir o custo médio da dívida do grupo. “Após a transação, a Movida seguirá com uma robusta posição de caixa e terá uma estrutura de capital ainda mais saudável, demonstrando a disciplina e o comprometimento da empresa na alocação de capital”, pontuou.
A oferta será feita no valor de face pelo preço de 86 de par, ou seja, 14% abaixo do valor de face da emissão.
A emissão de notas foi feita em 2021 no montante total de US$ 800 milhões com prazo de vencimento de 10 anos e, até o momento, segundo a Movida, já foram recomprados um total de US$ 353 milhões.
Ainda no comunicado, a Movida acrescentou que a operação não está condicionada a uma quantidade mínima de notas a serem ofertadas, e que os títulos de dívida não ofertados ou comprados no âmbito da proposta permanecerão em circulação.
Movida tem lucro líquido de R$ 21 milhões no 1T23, queda de 91,9%
O lucro líquido da Movida caiu 91,9% no primeiro trimestre de 2023 em relação ao mesmo intervalo de 2022, para R$ 21 milhões.
No release, a Movida aponta que o resultado foi impactado pelos aumentos da despesa financeira e da depreciação.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) consolidado alcançou R$ 875 milhões de janeiro a março, alta de 1,4% sobre igual intervalo de 2022.
A margem Ebitda (sobre receita líquida total) foi de 32,4% no período, queda de 12,9 pontos na comparação anual.
Em função dos maiores gastos com depreciação no período, o lucro operacional (Ebit) no primeiro trimestre de 2023 foi de R$ 485,3 milhões, contraindo em 25,4% na relação ano contra ano.
Nos primeiros três meses de 2023, a receita líquida da Movida cresceu 41,9% em relação ao mesmo período do ano anterior, atingindo R$ 2,7 bilhões “em decorrência do aumento da frota em RAC e em GTF, do maior
volume de carros vendidos e da evolução do tíquete médio em todas as linhas de negócios”.
No primeiro trimestre de 2023, o resultado financeiro foi uma despesa de R$ 199,6 milhões, aumento anual de 58,7%.
A Movida atribuiu essa variação à maior frota e do início do provisionamento para perdas de crédito de PIS/Cofins em excesso aos débitos.
Com informações de Estadão Conteúdo