Movida (MOVI3) levantará R$ 600 milhões com debêntures
A Movida (MOVI3) informou, na noite da última quarta-feira (14), que seu Conselho de Administração aprovou a quinta emissão de debêntures da companhia. Serão levantados R$ 600 milhões em até duas séries. As informações foram divulgadas por meio de um fato relevante.
De acordo com a Movida, as debêntures, da espécie quirografária, não serão conversíveis em ações. Os papéis de crédito privado terão garantia firme de colocação nos termos de distribuição acertados com as instituições financeiras integrantes da operação.
Conforme o fato relevante, a emissão será definida com o processo de bookbuilding, onde será definido se a emissão terá uma ou duas séries, além da quantidade de debêntures das séries em questão. As debêntures serão objeto de distribuição pública com esforços restritos, de acordo com a Instrução 476 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
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As debêntures terão juros remuneratórios correspondentes a 100% da taxa DI, acrescido de spreads ao ano; na primeira série, o spread é equivalente a 2,50% ao ano, enquanto na segunda série o spread será de 2,95% ao ano.
Ademais, o valor nominal unitário das debêntures da primeira série será amortizado em uma única parcela, na data de vencimento do papel, no dia 15 de outubro de 2023. Já a segunda série terá duas parcelas, sendo a primeira paga em 15 de outubro de 2024 e a segunda paga na data de vencimento dos papéis, em 15 de outubro de 2025.
Segundo a Movida, os recursos captados com a operação serão destinados para reforço de liquidez, alongamento no perfil da dívida (inclusive, por meio de quitações de dívidas) e gestão de caixa para financiar a renovação e expansão da frota dos veículos das suas controladas.
Movida lucra R$ 2,6 milhões no segundo trimestre
A Movida publicou, no início de agosto, seu resultado do segundo trimestre deste ano. A companhia reportou um lucro líquido de R$ 2,6 milhões auferido entre abril e junho, queda de 93,7% sobre o mesmo período de 2019.
A receita líquida, por sua vez, cresceu 5,8% na mesma base comparativa, para R$ 1,04 bilhão. Do total, a Movida informou que R$ 298,7 milhões foram oriundos da receita de serviços, enquanto R$ 749,1 milhões da receita de venda de ativos. O crescimento é explicado pela estratégia da companhia em meio à pandemia do novo coronavírus (Covid-19) em reduzir despesas e o número de carros operacionais.
Além disso, a companhia registrou o maior número de seminovos vendidos em um trimestre na história da empresa. O resultado, segundo a Movida, é reforçado pela “eficiência do giro do ativo”, que fez com que a frota ofertada no trimestre tivesse a menor quilometragem rodada. A companhia também destacou o preço médio por carro vendido, de R$ 40.615, crescimento de 5,6% sobre o segundo trimestre do ano passado.