O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, disse nesta terça-feira (26) que a saída do ditador venezuelano Nicolás Maduro depende de pressões diplomáticas.
Segundo Mourão, haverá mais negociação para que o venezuelano deixe o poder. “O governo vai continuar naquilo que nós já colocamos. A nossa posição é usar a diplomacia como método, e as pressões políticas e econômicas necessárias até que o senhor Nicolás Maduro compreenda que é hora de ele se retirar”, disse o vice-presidente.
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Mourão, que atuou na Venezuela quando era militar da ativa, disse que havia muitos integrantes das Forças Armadas venezuelanas “contrários às ideias” do presidente Hugo Chávez, que morreu em 2013. “Outros estão em situação complicada porque não concordam com o que está ocorrendo, são oficiais que quase estão reformados.”
Medidas extremas
Na última segunda-feira (25), Mourão reafirmou que o Brasil não pode tomar nenhuma medida extrema. Além disso, o vice-presidente chamou o governo de Maduro de “criminoso”.
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“O Brasil acredita que é possível fazer a Venezuela voltar ao convívio democrático das Américas, sem qualquer medida extrema que nos confunda, enquanto nações democráticas, com aqueles que serão julgados pela história como agressores, invasores e violadores das soberanias nacionais”, declarou.
Plano de aposentadoria de militares
Além de falar da situação da Venezuela, Mourão também fez declarações sobre a proposta do plano de aposentadoria dos militares. De acordo com o vice-presidente, o projeto será via projeto de lei e não por medida provisória (MP). A ideia da MP foi levantada pelo líder do governo na Câmara dos Deputados, Major Vitor Hugo.
“Vi que o líder do governo andou falando isso daí. Na realidade ela [a reforma dos militares] pode ser mandada por medida provisória, mas vai ser votada e encaminhada via projeto de lei, são cinco leis a serem alteradas”, disse.
Nesta terça-feira, o secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, afirmou que o plano de aposentadoria de militares será enviada até o dia 20 de março. “O compromisso feito pelo presidente da República vai ser cumprido. Dia 20 de março, até o dia 21 de março, chegará ao Congresso Nacional o projeto que reestrutura a assistência dos militares”, declarou Marinho.
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O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, disse que há uma preocupação entre os parlamentares da casa com a situação dos militares. “Avisei Onyx Lorenzoni, ministro da Casa Civil que havia incômodo em relação ao PL dos militares.
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