Hamilton Mourão, vice-presidente eleito, afirmou nesta quinta-feira (29) que o capital estrangeiro é bem-vindo no país, desde que seja “capital de risco” destinado para participação em obras. Além disto, o político defendeu a adoção de garantias cambiais para os empresários, como a adoção de um “dólar médio”.
“Os investimentos estrangeiros são muito bem-vindos, mas desde que seja capital de risco. É para construir estrada, construir ferrovia e outras coisas. Não é empréstimo, não queremos empréstimo puro e simples, porque esse filme a gente já viu e sabe que não dá certo”, afirmou Mourão.
O vice-presidente eleito participava de evento ligado a infraestrutura e transportes.
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Em relação ao capital estrangeiro, o vice-presidente de Bolsonaro fez questão de afirmar que estão sendo estudadas políticas que favoreçam o investidor.
“Talvez fosse o caso de se estudar um dólar médio, vamos colocar assim, estaria atrelado a esse dólar médio. Se isso subir, isso tem que ser compensado pelo governo. Se descer, a empresa está com seu lucro mais assegurado ainda. São essas ideias que estão norteando o nosso planejamento”, afirmou Hamilton.
Sobre as questões ligadas a infraestrutura, ele disse que o novo governo pretende retomar diversas obras.
Destacando, principalmente, as rodovias. As quais, segundo o político, serão “alvo das primeiras privatizações”. Mourão ressaltou ainda a criação de outros modais de transporte.
Reformas
Além de falar sobre infraestrutura, o general da reserva foi indagado sobre as reformas do próximo governo.
O político defendeu que são necessárias novas políticas fiscais e que a reforma da previdência passe ainda no primeiro semestre do próximo ano.
Contudo, o futuro vice-presidente reconheceu a complexidade da tarefa: “Trabalho não é pouco. Vai exigir uma articulação enorme com o Congresso”.
Todavia, Mourão fez questão de ressaltar a importância na sequência das políticas para “desengessar” o orçamento do País.