Mourão defende tempo de contribuição de 35 anos para militares
O presidente em exercício Hamilton Mourão disse nesta segunda (21) que avalia como “positivas para o país” duas mudanças nas regras de aposentadoria de militares que têm sido debatidas pela equipe econômica do governo.
Hamilton Mourão ocupa o lugar de Jair Bolsonaro na presidência da República enquanto o presidente estiver no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça.
As duas mudanças da reforma da Previdência para militares que Mourão avaliou como benéficas são:
- Aumento do tempo de permanência no serviço ativo de 30 para 35 anos;
- Recolhimento de contribuição de 11% sobre pensão recebida por viúvas de militares.
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As propostas, entretanto, enfrentam resistência dos militares. O novo comandante do Exército, Edson Pujol, defendeu que os atuais regras previdenciárias das Forças Armadas sejam mantidas.
Mourão afirmou que as alterações estão sendo discutidas pelos militares. Para aqueles que já estão no serviço militar, ele defendeu uma regra de transição para o aumento de tempo de serviço. “Em tese, é um aumento, com uma tabela para quem já está no serviço, um tempo de transição”, declarou.
Caso Queiroz
O presidente em exercício foi questionado pela imprensa a respeito do suposto caso de corrupção envolvendo Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro, e o senador eleito, filho do presidente Jair Bolsonaro. Ele voltou a dizer que o assunto não tem a ver com o governo.
“Esse assunto eu não comento mais. Não vem pra cima do governo e é um problema do Flávio. Ele vai resolver isso aí”, declarou.
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Na última sexta (18), o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) identificou movimentações atípicas na conta de Flávio. O senador eleito recebeu 48 depósitos em dinheiro no valor de R$ 96 mil. Eles foram depositados em apenas cinco dias, sempre no valor de R$ 2 mil.