O ministro da Justiça Sérgio Moro irá se apresentar nesta quarta-feira (19) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, a partir das 9 horas. O ex-juiz será interrogado sobre as mensagens trocadas pelo aplicativo Telegram com o procurador Deltan Dallagnol sobre casos da Lava-Jato.
As mensagens publicadas pelo site “The Intercept Brasil” indicam que Sérgio Moro, que era juiz responsável pela Lava-Jato, orientou ações e cobrou novas operações à Dallagnol, coordenador da força-tarefa.
Na última terça-feira (19), o site publicou novos trechos das mensagens entre o ex-juiz e o procurador a respeito das investigações sobre o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso na Lava-Jato.
Senado
O senador Randolfe Rodrigues será um dos interrogadores . Conforme o senador perguntas sobre a Lava-Jato e da escolha de deixar o cargo de juiz para se tornar ministro serão feitas.
“Ele tinha duas alternativas. Uma era a história. A outra era a carreira. Ele escolheu fazer carreira no pior governo da história da República. Também não tenho dúvida que as conversas dele [com o procurador] tiram toda a credibilidade da Operação Lava-Jato“, disse Randolfe.
Por sua vez, os defensores de Moro serão os senadores Major Olímpio e Álvaro Dias e Marcos Rogério. Para esses, as conversas entre o ministro e o procurador, são conversas que não representam nenhuma ilegalidade.
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“O PT e outros partidos vão atacar o Moro porque ele botou o Lula na cadeia. Mas não vejo motivo para recebê-lo mal aqui o senado. No geral, acho que ele [Moro] vai ser bem tratado. Ele não é o criminoso nessa história. Ele é um raio de esperança no combate à corrupção neste país”, disse Rogério.
Conforme o senador Temário Mota é esperado equilíbrio entre a oposição e a defesa.
“Ele [Moro] vai encontrar um ambiente hostil e, ao mesmo tempo, amistoso. Tem gente que vai bater. Tem gente que vai defender. Acho que ele terá uma enorme oportunidade de dar explicações sobre a atividade dele como juiz”, disse Mota.