O Morgan Stanley (NYSE: MS) impediu que seus estagiários na China acessassem remotamente a rede virtual do banco, à medida que as empresas estrangeiras se preocupam cada vez mais com as regras de segurança cibernética de Pequim. As informações foram divulgadas pelo jornal “Financial Times” nesta quinta-feira (23).
As leis de segurança cibernética da China estabelecem controle absoluto no país, desde como os dados são armazenados até o tipo de hardware utilizado e o que pode ser publicado online, com severas multas aplicadas aos infratores. Com isso, o banco de Wall Street decidiu levar seus estagiários na China aos seus escritórios no país, onde 80% de seus funcionários haviam retornado ao trabalho, em vez de lhes dar acesso remoto ao trabalho em casa, disseram ao Financial Times duas pessoas familiarizadas com a situação.
Os estagiários estavam originalmente programados para trabalhar em homeoffice, assim como todos os outros colegas globais do Morgan Stanley, disseram eles.
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A decisão foi tomada devido às recente preocupações com o regime de segurança cibernética da China, disse uma das pessoas, falando anonimamente em um momento em que as multinacionais têm receio de piorar as relações já tensas entre o país asiático e o Ocidente. A potencial vulnerabilidade do sistema de tecnologia do banco na China também era uma preocupação, acrescentou a outra pessoa.
Pessoas familiarizadas com a situação disseram que o Goldman Sachs estava oferecendo acesso remoto na China através da mesma solução de autenticação usada globalmente, que não dependia do acesso à rede virtual. Outros grandes bancos dos EUA, incluindo o Citigroup e o JPMorgan Chase, também estavam oferecendo acesso remoto e estágios virtuais na China.
Ameaças à segurança cibernética têm sido um fator determinante na deterioração das relações entre Washington e Pequim.
EUA determinam fechamento de consulado da China em Houston
Os EUA determinaram o fechamento do consulado da China em Houston, no Texas, na última quarta-feira (22). O Departamento de Estado do país afirmou que a medida tem o objetivo de proteger a “propriedade intelectual e as informações privadas dos americanos”.
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A medida aconteceu após o departamento, na última terça-feira (21), denunciar dois hackers chineses suspeitos de roubar informações sobre projetos de vacinas para o ministério da Segurança de Estado da China. Eles foram acusados de violar a propriedade intelectual nos EUA.
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