Mais um rebaixamento à Americanas (AMER3). Nesta sexta-feira (20) a Moody’s rebaixou de Caa3 para Ca o corporate family rating e as notas seniores sem garantias de ativos reais (unsecured notes) lastreados pela JSM Global e B2W Digital, ambas avalizadas pela varejista. A perspectiva é negativa.
Após o rebaixamento anunciado, todos os ratings da Americanas serão suspensos pelas Moody’s. A agência explica que o movimento ocorre na esteira da aprovação do pedido de recuperação judicial solicitado pela varejista.
“Os ratings também destacam os maiores riscos de governança, em particular a falta de controles e transparência adequados, o que prejudica substancialmente a credibilidade da administração”, pontua a agência de risco.
A reclassificação encerra a revisão para rebaixamento da Americanas iniciada em 16 de janeiro de 2023, após o anúncio de que foi concedida liminar à empresa suspendendo os efeitos de todas as imposições contratuais de vencimento antecipado de dívidas ou obrigações relativas aos instrumentos financeiros do grupo.
Ação vira penny stock e atinge mínima histórica
Nesta sexta-feira os papéis da varejista na bolsa de valores viraram penny stock e estão sendo negociados por menos de R$ 1. As ações da empresa voltaram a ser leiloadas e o ativo bateu sua a mínima histórica: R$ 0,64, em queda de 36%.
As ações da Americanas começaram o pregão sendo negociadas por R$ 0,98, mas logo subiram para preços acima de R$ 1. Contudo, o ativo voltou a custar centavos por volta do 12h, e seguiram assim desde então, com direito a novos leilões e mudanças positivas ou negativas.
Às 13h47, o papel chegou a ser negociado por R$ 0,73, sua mínima histórica. A ação fechou o pregão de quinta (19) custando R$ 1. Às 17h, renovou mínimas históricas, ao chegar a R$ 0,64. Acabou fechando em queda de 29%, a R$ R$ 0,71.
Com a recuperação judicial, as ações deixam hoje as negociações no Ibovespa e nos outros índices da B3.
Rombo na Americanas
Na semana passada, a Americanas revelou um rombo contábil de R$ 20 bilhões, o que culminou na saída de Sergio Rial do comando da varejista após uma estadia como CEO de apenas nove dias.
De acordo com o Status Invest, as ações da Americanas caíram 78,96% neste mês. No pregão desta quinta (19), as ações da varejista caíram 42%, depois de entrar e sair de leilão. Na quarta (11/1), antes da divulgação do comunicado em que a empresa comunicava o rombo bilionário, as ações estavam cotadas a R$ 12.
Com informações Estadão Conteúdo