Moody’s prevê que economia global deve entrar em recessão

Após uma teleconferência feita nessa sexta-feira (27) a agência de classificação de risco Moody’s Analytics, anunciou que a economia mundial deve entrar em recessão em 2020 e revisou negativamente a projeção do Produto Interno Bruto (PIB) que deve ter queda de 2,1% devido a crise do coronavírus.

De acordo com o economista-chefe da Moody’s, Mark Zandi, as revisões nas projeções estão acontecendo muito rapidamente, e por causa da pandemia e os números podem diminuir ainda mais.

“Vamos ver perda substancial de emprego” disse o economista salientando que os Estados Unidos já perdeu 3% do se PIB devido a paralisação de cidades por causa da pandemia.

Zandi ainda colocou que a crise afetou cadeias internacionais de produção e serviços. Desse modo, as ofertas sofreram grande impacto.

O economista-chefe indicou que as estimativas da agência amparam-se na previsão de que os maiores efeitos da pandemia materializem-se até o mês de maio. Desse modo, a Moody’s acredita que o segundo semestre do ano possa trazer melhora.

Para a China, a projeção é que o PIB caia 29% no primeiro trimestre do ano, depois se recupere com um aumento de 14,5% no segundo trimestre, seguido de outro aumento de 27,7% no terceiro.

Por fim, a Moody’s ressaltou que as incertezas em relação a pandemia como a duração dos períodos de quarentena e o exito das medidas adotadas pelos governos, tornam difícil prever o melhor caso.

Moody’s prevê queda no PIB brasileiro

Na última quarta-feira (25) a Moody’s informou que o PIB brasileiro deve cair em 1,6% em 2020. Entretanto, a agência prevê um avanço de 2,7% no próximo ano.

Além do corte no PIB do Brasil, a empresa também revisou para baixo suas projeções de crescimento para as outras economias que fazem parte do G20. Segundo o relatório divulgado pela agência, a estimativa é que o grupo registre contração de 0,5% neste ano, com alta de 3,2% em 2021.

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Para a Moody’s, os impactos da pandemia do novo coronavírus farão com que as economias do G20 enfrentem “um choque sem precedentes no primeiro semestre de 2020”.