A agência de classificação de risco, Moody’s divulgou um relatório apontando que o estresse econômico é um motivo importante para o declínio das remessas globais em 2020. Segundo a agência, isso também afeta as receitas de alguns países, bem como o crescimento e perspectivas externas desses.
A Moody’s destacou no documento que as remessas globais devem decrescer US$ 110 bilhões em 2020, apesar de terem alcançado um recorde em 2019 de US$ 554 bilhões. Vale destacar que a queda prevista para esse ano é maior do que o recuo em 2009 de US$ 16,2 bilhões, durante a crise financeira mundial.
A agência ainda destacou que os mercados de financeiros de fronteira e alguns países latino americanos e caribenhos são os mais vulneráveis à esse estresse econômico.
A agência prevê um resumo nas remessas globais de trabalhadores imigrantes no mundo nesse ano, o que eleva o risco de crédito em países mais dependentes desse fluxo de entrada, apontou o documento.
Já o vice-presidente sênior da Moody’s, Chistian de Guzman, afirmou que as economias de renda baixa e média são as que mais dependem das remessas globais. Segundo apontou ele, o decréscimo nessas remeças pode intensificar a desaceleração no crescimento dessas economias. Além disso, ele aponta uma maior fragilidade externa.
A agência afirmou que alguns dos países mais vulneráveis são:
- Bermudas;
- El Salvador;
- Quirguistão;
- Tajiquistão.
Moody’s reduz perspectivas para economia do Brasil
Moody’s reduziu na última segunda-feira (22) as perspectivas econômicas para o Brasil neste ano e alertou para riscos relacionadas ao novo coronavírus.
A agência de rating informou em seu relatório que projeta uma queda de 6,2% no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, mais em linha com o consenso entre os economistas. A previsão anterior mostrava uma retração de 5,2% para a economia do Brasil.
Veja também: Moody’s alerta para risco de rating do Brasil frente a recessão
A Moody’s destacou no documento que o País está no topo da lista de nações que combatem para diminuir as taxas de infecção e alertando que a recuperação econômica está vulnerável ao aprofundamento das incertezas quanto à capacidade de controlar a epidemia.
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