A agência de classificação Moody’s informou nesta quinta-feira (17) ter elevado os ratings da Azul (AZUL4) e da Gol (GOLL4), de ‘Caa1’ para B3, ao passo que as perspectivas que antes eram negativas foram atualizadas para “estável”.
De acordo com a Moody’s, no caso da Azul, a melhora na nota da dívida da companhia aérea ocorreu principalmente em função do tráfego de passageiros no Brasil, que registrou uma melhora em relação às estimativas da agência no início da pandemia do coronavírus (covid-19).
“A capacidade da Azul de reduzir custos durante a pandemia que resultou em consumo de caixa menor do que o esperado e seu acesso comprovado aos mercados financeiros por meio da recente emissão de 1,7 bilhão de reais em debêntures conversíveis também apoia o upgrade”, informou.
A companhia aérea conseguirá tirar proveito da recuperação no mercado através de sua posição única na maior parte de sua malha, mantendo a liquidez em níveis adequados, segundo o relatório da agência.
Além disso, para a Moody’s, a empresa possui um forte potencial para melhorar substancialmente as principais métricas de crédito para os níveis do ano passado até 2023.
Enquanto para a Gol, a agência informou no documento um melhor desempenho operacional em comparação com suas expectativas do começo da pandemia, além de menor risco de ‘default’ no curto prazo, pontuou.
No relatório, ainda foi citado o reembolso do empréstimo a prazo garantido pela Delta e o refinanciamento bem-sucedido de outros instrumentos de dívida, como facilidades de capital de giro e debêntures do mercado local, o que, segundo a agência, resultaram em um perfil de amortização de dívida melhor, favorecendo a atualização positiva da companhia aérea.
“A capacidade da Gol de reduzir custos por meio de acordos firmados com funcionários e locadores que resultaram em uma redução melhor do que o esperado no consumo de caixa também se reflete no upgrade para B3”, afirmou a Moody’s.