A Moody’s elevou o rating da JBS (JBSS3) da categoria Ba3 para Ba2. Dessa forma, segundo a classificação da agência de avaliação, a empresa apresenta menor risco de calote.
A elevação do rating da JBS “é sustentada pela redução na alavancagem financeira e no risco de liquidez como consequência da robusta performance operacional e iniciativas de liquidez como consequência da robusta performance operacional e iniciativa de gestão de passivos, que resultaram no alongamento da dívida e em menores custos e financiamentos”, informou a agência.
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Na avaliação de risco da Moody’s há diversas categorias sendo “Aaa” a melhor pois apresenta a empresa como uma boa pagadora e a classifica como grau de investimento. A “C” é a pior porque apresenta grande risco de calote e é classificada como grau especulativo.
Confira as categorias
- Aaa
- Aa1
- Aa2
- Aa3
- A1
- A2
- A3
- Baa1
- Baa2
- Baa3
- Ba1 (a partir daqui é considerado grau especulativo)
- Ba2
- Ba3
- B1
- B2
- B3
- Caa1
- Caa2
- Caa3
- Ca
- C3
JBS é acusada pelo MPF por fraudes bilionárias no BNDES
O Ministério Público Federal protocolou uma ação pública por improbidade administrativa contra a JBS e a J&F Investimentos. Além disso, 14 pessoas também são alvos da acusação por fraudes no sistema BNDES/BNDESpar.
As fraudes teriam como objetivo a facilitação do processo de internacionalização da companhia do setor de carnes. O MPF está requerendo a devolução de 144.206.155 ações da JBS para o BNDESPar e outros ressarcimentos de danos. Com isso, o MPF ainda impôs uma multa a empresa do ramo de carnes, que junto ao valor total do processo chega aos R$ 21 bilhões.
“A empresa JBS, por meio de seus donos e com uso de intermediários, pagou vultosas propinas a ocupantes de altos cargos na direção do governo federal para que estes cooptassem o presidente do BNDES e parte de seu corpo técnico, com o fim de que, por meio dos crimes de gestão fraudulenta e de prevaricação financeira, a JBS obtivesse acesso a investimentos maiores do que o necessário e em sobreavaliações do preço das ações da empresa, além da dispensa indevida da cobrança de juros”, afirmou, em nota, um dos autores da ação, o procurador da República Ivan Marx.