A indústria automobilística norte-americana pediu ao presidente Donald Trump para que não sejam aplicadas as tarifas sobre carros e peças importados.
No entanto, o pedido foi realizado nesta segunda-feira (18), dia depois do Departamento de Comércio dos EUA entregar à Donald Trump um relatório confidencial com algumas recomendações referentes a importações.
Além disso, outras organizações comerciais também criticaram o Departamento de Comércio norte-americano por conta do sigilo que envolveu o relatório.
“O sigilo em torno do relatório só aumenta a incerteza e a preocupação em toda a indústria criadas pela ameaça de tarifas”, afirmou a Associação de Fabricantes de Motores e Equipamentos, por meio de um comunicado.
De acordo com as organizações, manter o documento confidencial dificulta a reação durante os próximos 90 dias, enquanto Trump analisa o texto.
“É fundamental que nossa indústria tenha a oportunidade de revisar as recomendações e aconselhar a Casa Branca sobre como as tarifas propostas, se forem recomendadas, colocarão empregos em risco, impactarão consumidores e provocarão redução nos investimentos que podem nos atrasar em décadas”, completou a associação.
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Tarifas sobre a importação
Tanto montadoras quanto fornecedores de peças estimam que o relatório irá indicar a implementação de 20% a 25% sobre carros e peças. Além disso, é esperado tarifas mais restritas voltadas a componentes e tecnologias de carros novos ou autônomos, conectados à internet.
De acordo com o relatório do Centro para Pesquisa Automotiva, na última sexta-feira (15), no pior dos casos a tarifa de 25% geraria a perda de 367 mil empregos no setor automobilístico dos Estados Unidos.
O relatório ainda aponta que os veículos leves teriam uma alta média de US$ 2.750 em seus preços. Assim, 1,3 milhão de unidades deixaram de ser vendidas anualmente, forçando os consumidores a buscar o mercado de carros usados.
De acordo com autoridades americanas, as ameaças de aumento de tarifas sobre veículos é uma forma do presidente Donald Trump ter vantagem nas negociações com Japão e União Europeia.
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