O monitor do PIB da Fundação Getúlio Vargas (FGV) apontou um crescimento de 0,3% em janeiro na comparação com dezembro. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (20).
Segundo a FGV, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, a atividade econômica cresceu 1,1%. Entre os trimestres móveis – de novembro de 2018 a janeiro de 2019 e de agosto a outubro de 2018 – o crescimento foi de 0,2%.
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Segundo a FGV, esses resultados mostram que a partir do final de 2018 há uma perda de fôlego da economia. Uma desaceleração explicada principalmente pela retração da indústria da transformação. Isso teria impactado outros segmentos da economia, e em particular os investimentos, que começaram a diminuir.
Recuo na indústria da transformação
Nesta comparação com esses trimestre móveis, apenas a indústria de transformação, a construção e os impostos apresentaram recuo (respectivamente -2,9%, -1,5% e -1,5%). O restante dos setores da atividade econômica apresentaram resultados positivos. Em particular, o setor externo (importações e exportações) e a agropecuária registraram elevação de respectivamente 14,2% e 7,7% e 6,5%.
Por sua vez, o consumo das famílias cresceu 1,4% no trimestre móvel findo em janeiro, em comparação ao mesmo trimestre de 2018. A formação bruta de capital fixo (FBCF), cresceu 2,4% na mesma base de comparação. Entretanto, ela segue em trajetória descendente.
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Esse resultado do monitor do PIB da FGV é oposto a quanto registrado pelo Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br). A prévia do resultado do Produto Interno Bruto, divulgada pelo BC essa semana, tinha indicado um recuo de 0,41%, na comparação com dezembro de 2018.
No ano passado o PIB brasileiro registrou uma expansão de 1,1%. Um desempenho igual ao registrado em 2017, e que contrariou as previsões do começo do ano.
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Essa perda de fôlego da economia – causada por uma série de fatores, como a incerteza eleitoral ou a greve dos caminhoneiros – teve efeitos sobre a previsão do PIB para esse ano. Os analistas participantes do Boletim Focus do BC reduziram de 2,28% para 2,01% a previsão para o crescimento da economia brasileira em 2019.