O diretor-executivo do Magazine Luiza, Frederico Trajano, disse, durante o evento “Exame Fórum”, realizado em São Paulo, nesta segunda-feira (9), que as empresas privadas precisam aproveitar o atual cenário nacional para “acelerar”.
“A iniciativa privada tem que assumir o protagonismo e a hora é agora. Nós [Magazine Luiza] aceleramos muito os investimentos neste ano, abrimos nossa 1000ª loja há duas semanas, estamos investindo ainda mais no que tem nos diferenciado, que é a tecnologia”, afirmou o CEO da Magazine Luiza.
Trajano, que tem como um de seus objetivos aprimorar a tecnologia para melhorar seu negócio, disse estar confiante em um cenário econômico positivo para as empresas no próximo ano.
“Estou com uma visão muito mais otimista do que a media, em relação a economia brasileira. Eu acho que os ciclos anteriores de recuperação pós-crise eram muitos protagonizados pela iniciativa pública. Este ciclo atual está sendo protagonizado pela iniciativa privada”, salientou Trajano.
O diretor executivo acredita também que o atual panorama do mercado mostra que, quando a economia for recuperada, empresas que investiram neste meio tempo, compreendido entre o início deste ano e o decorrer do ano que vem, terão um bom retorno.
“Está tendo uma série de facilidades, com juros a 5%, de levantar capital. Muitas empresas estão fazendo follow on, abrindo capital… Isso gera emprego”, disse o CEO da varejista.
Veja também: Banco Pan anuncia oferta de 138 milhões de ações
Investimento estrangeiro
A B3 (Brasil, Bolsa, Balcão) informou, há menos de um mês, que neste ano houve uma saída recorde de investidores estrangeiros no Ibovespa. Entretanto, nesta segunda-feira aconteceu uma mudança no critério para calcular a movimentação diária de investidores estrangeiros em ações.
A partir da última sexta-feira (6) a B3 começou a incluir no cálculo as compras de ações realizadas por investidores estrangeiros em operações de abertura de capital (IPOs) e ofertas subsequentes de ações (follow-on), operações realizadas com uma frequência muito menor. Em agosto de 2019, por exemplo, nenhuma dessas operações foi registrada.
Sobre os estrangeiros e o cenário nacional, Trajano disse que eles estão mais interessados nos problemas deles e que o Brasil está fora de foco no momento.
“A gente precisa, hoje, muito menos deles pra levantar capital do que no passado. Todos os follow-on estão sendo muito bem sucedidos, muito ancorados por fundos brasileiros. Então dependemos muito menos deles para levantar dinheiro”, finalizou o CEO do Magazine Luiza.