Duas varejistas de peso podem estar próximas de se fundirem: a Tok&Stok e a Mobly (MBLY3). Segundo a apuração da coluna Pipeline, do Valor, a Tok&Stok contratou o banco Bradesco BBI como assessor para as tratativas da fusão. Em meio a repercussão, os papéis da Mobly, que é assessorada pelo Itaú BBA, avançam 3,77% a R$ 3,03.
De acordo com o Pipeline, que ouviu três fontes sobre o assunto, a controladora da Tok&Stok, a SPX, considera abrir as negociações com outros candidatos. Ou seja, a Mobly não é a única empresa que poderá firmar negócios.
As fontes ouvidas pela coluna afirmam, ainda, que o Banco do Brasil (BBAS3) e o Santander (SANB11), que são credores da Tok&Stok, foram acionados para a busca de sócio. Junto a isso, a Alvarez&Marsal teria sido contratada pela varejista a fim de negociar a dívida com os credores e redefinir estratégia.
A Tok&Stok já tentou abrir capital e lançar o IPO (oferta pública inicial), mas por duas vezes adiou o movimento. Enquanto isso, a Mobly abriu capital em 2021, contudo seus papéis tiveram uma desvalorização superior a 80% desde então.
Procurada pelo Pipeline, do Valor Econômico, a Mobly nega que haja qualquer tratativa do tipo.
Tok&Stok usa estratégia da Americanas (AMER3)
A Tok&Stok decidiu repetir uma técnica utilizada atualmente pela Americanas (AMER3) na tentativa de organizar suas contas. A varejista de móveis contratou a Alvarez & Marsal para reestruturar as finanças do negócio.
A consultoria é a responsável pela condução da recuperação judicial da empresa de Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira.
De acordo com as informações publicadas pelo jornal O Globo na quarta (15), a Tok&Stock já estaria recebendo ordens de despejo por falta de pagamento dos aluguéis das lojas.
Com mais de 40 anos de atuação, a Tok&Stok é líder no segmento varejista de móveis e decoração. A companhia conta com quase 60 lojas espalhadas pelo País.