A Mobly (MBLY3) faz sua estreia na Bolsa de Valores de São Paulo (B3) nesta sexta-feira (5). As ações da loja on-line de móveis operam em forte alta, após uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) que levantou R$ 812 milhões.
Por volta das 10h25, os papéis da companhia avançavam 26%, para R$ 26,46. A Mobly fixou o preço por ação a R$ 21, próximo do centro da faixa indicativa. A empresa será listada no Novo Mercado, mais alto nível de governança corporativa da B3.
Segundo o prospecto arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a companhia pretende utilizar os recursos movimentados no IPO com o fortalecimento do capital de giro e estrutura financeira, vendor financing e estrutura de capital (50%); investimento em marketing e publicidade (35%); e investimento em bens de capital, como a expansão das lojas físicas e centros de distribuição (15%).
A oferta base conta com 38.647.344 papéis, sendo que 95,8% são ações primárias, ou seja, a parte da operação que levantará capital para o caixa da companhia. O restante, 4,2% de ações secundárias, equivalente a apenas R$ 34 milhões, irão para o bolso do acionista controlador, o grupo alemão home24.
Segundo estimativas, a oferta teve uma demanda de aproximadamente sete vezes o tamanho da oferta, levando em consideração a procura de fundos de investimento e bancos, sem o varejo.
A operação será coordenada por Morgan Stanley, Bradesco BBI, Itaú BBA e Goldman Sachs.
Sobre a Mobly
Fundada em 2011, a Mobly possui 925 mil usuários ativos, alpem de duas megastores, quatro lojas outlet e cinco unidades compactas (Mobky Zip), segundo informações disponibilizadas pela empresa.
A companhia foi criada por Victor Noda, Marcelo Marques e Mario Fernandes com o capital do fundo alemão Rocket Internet. Hoje, a Mobly é a líder do mercado doméstico e no e-commerce na categoria de home & living.
Entre janeiro e setembro de 2020, a companhia teve uma receita líquida de R$ 420,8 milhões, alta de 50% na comparação anualizada, resultado de 1,2 milhão de pedidos e mais de R$ 560 milhoes em Valor Bruto de Mercadorias (GVM, na sigla em inglês).
No mesmo período, houve um prejuízo líquido de R$ 16,6 milhões, contra uma perda de R$ 38,8 milhões nos primeiros nove meses de 2019.
Segundo a empresa, 90% das vendas aconteceram por meio de canais digitais, dividido em própria plataforma e nos maiores marketplaces do País. Cerca de 39% dos produtos vendidos pela Mobly, o que amplia sua margem bruta.