As ações da MMX (MMXM3), mineradora que tem entre seus acionistas o ex-bilionário Eike Batista, iniciaram o pregão desta sexta-feira (16) em leilão e, por volta das 10h45, operavam com uma alta de 10%, negociadas a R$ 18,70. Enquanto isso, o Ibovespa abriu o dia com uma leve baixa de 0,22%.
Os papéis da mineradora chamaram atenção do mercado neste mês. Depois de cinco pregões seguidos acumulando uma alta de 1867%, saindo de R$ 2 para quase R$ 40, as ações da MMX caíram 52% na última quinta-feira (15). A recente guinada dos papéis da empresa ocorreu após a publicação de um fato relevante em que registrou pedido feito à Justiça para a retomada da extração de minério de ferro na Mina Emma.
De acordo com o comunicado, a exploração da mina “pode ser de grande relevância econômica para a companhia”. A companhia afirmou que, caso obtenha sucesso na tentativa, “será possível viabilizar de forma ainda mais consistente a recuperação judicial” e potencializar a capacidade da empresa para a produção e venda da commodity.
A empresa, que está em recuperação judicial há quatro anos, também comentou que nos últimos dias foram publicadas diversas matérias jornalísticas acerca do fato relevante e a recente valorização das ações. “As matérias publicadas podem ter contribuído com o aumento do volume de negociações e do preço das ações”.
Além somente a MMX, mas a OSX (OSXB3), que também conta com Eike Batista no corpo de acionistas relevantes, também registrou uma forte alta na Bolsa de Valores de São Paulo (B3) desde o início do mês. As ações da construtora naval iniciaram outubro cotadas na casa de R$ 4, com volume de R$ 2,6 mil. No dia 13, os papéis passaram de R$ 20, com volume negociado superando R$ 22 milhões.
Em junho, o empresário e acionista da MMX foi condenado a oito anos de prisão em regime semiaberto por manipulação do mercado de capitais com a divulgação de informações falsas referentes à capacidade de produção de sua petroleira OGX, fundada em julho de 2007.