A MMX (MMXM3) informou hoje que Eike Batista, acionista controlador da empresa, aguarda uma possível homologação de acordo de delação premiada acordado com o Ministério Público Federal, mas que ainda não recebeu nenhuma comunicação oficial confirmando a homologação.
O esclarecimento, enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), ocorre depois da divulgação de notícias de que a ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal, teria homologado o acordo de delação premiada do empresário no dia 03 de novembro.
A empresa, que está em recuperação judicial, afirmou que não foi citada em nenhuma das notícias às quais teve acesso, e que está atenta a possíveis desdobramentos do evento, especialmente se envolverem a companhia.
Em meados de 2020, o empresário e acionista da MMX foi condenado a oito anos de prisão em regime semiaberto por manipulação do mercado de capitais com a divulgação de informações falsas referentes à operação de sua petroleira OGX.
A companhia foi uma das mais famosas da Bolsa brasileira na década de 2000, mas se mostrou uma das grandes fraudes da história do mercado de capitais do País.
Papel da MMX teve fortes oscilações
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) informou no dia 23 de outubro que vai analisar a reclamação sobre possíveis responsabilidades referente “às oscilações extraordinárias” dos papéis das companhias MMX (MMXM3) e da OSX (OSXB3), de Eike Batista, em outubro.
A entidade solicitou que a CVM apure eventual cometimento de atos ilegais, bem como práticas não-equitativas nos movimentos de compra e venda das ações das companhias, e assim, aplique as penalidades previstas na lei.
A reclamação foi apresentada pela Associação Brasileira de Investidores (Abradin). Na reclamação, o presidente da Abradin, Aureliano Valporto, considera que o comportamento das ações da MMX e da OSX no mercado sinalizam um “efeito manada e especulação pura”.