Ícone do site Suno Notícias

Mitsubishi acusa Carlos Ghosn de ter recebido 7,8 mi de euros ilegalmente

Ghosn

Carlos Ghosn é destituído do conselho de administração da Nissan

A Mitsubishi acusou seu ex-presidente Carlos Ghosn de ter supostamente recebido um pagamento ilegal de 7,82 milhões de euros em 2018. Segundo a acusação, feita nesta sexta (18), seu então executivo recebeu o dinheiro entre abril e novembro.

A Mitsubishi divulgou as informações sobre os pagamentos suspeitos a Carlos Ghosn em um comunicado interno e em entrevista coletiva com diretores. Segundo consta, os repasses foram feitos por uma assinatura criada para gerar sinergias entre Mitsubishi e sua controladora, a Nissan. O contrato, entretanto, foi usado para fazer o pagamento por uma pessoa não autorizada pela companhia.

Saiba mais: Carlos Ghosn deve permanecer preso no Japão pelo menos até março

A situação de Carlos Ghosn

Carlos Ghosn está preso no Japão desde novembro de 2018. Ele é acusado de abuso de confiança e violação das leis financeiras. Ele deve continuar preso pelo menos até 10 de março, já que o Tribunal Distrital de Tóquio confirmou na última quinta (17) decisão anterior de negar liberdade ao executivo.

O período adicional em que o ex-presidente da Nissan permanecerá preso é referente a uma lei do Japão. No país, se um pedido de liberdade sob fiança é rejeitado, o acusado deve continuar preso por no mínimo dois meses após a decisão. Para Ghosn, o prazo vai até 10 de março.

O Tribunal poderá reavaliar a situação do executivo a cada mês depois desse período. Sua defesa pode até tentar novos pedidos de libertação do cliente. Mas é comum que advogados no Japão esperem por um fato novo para apresentar outras solicitações de soltura com pagamento de fiança.

O advogado de Ghosn, Motonari Otsuru, afirmou nesta quinta que vai recorrer da decisão na Suprema Corte.

Renault

Na última quarta-feira (16), o governo francês convocou um conselho de administração da montadora para selecionar um sucessor para Carlos Ghosn. O governo francês é o primeiro acionista da Renault.

Ghosn perderá seu último cargo de executivo em montadoras, com a provável saída da Renault.

A Nissan e a Mitsubishi já o retiraram do posto de presidente de seus conselhos administrativos após a prisão em novembro. As três empresas têm uma aliança da qual o executivo era líder.

As acusações contra Carlos Ghosn

Confira abaixo as acusações que o executivo encara:

O ex-diretor da Nissan, Greg Kelly, que enfrentava acusações mais leves que Carlos Ghosn, teve o pedido de liberdade sob fiança aceito em 25 de dezembro.

Sair da versão mobile