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Coronavírus: Missouri processa China por gestão da pandemia

EUA e Reino Unido discutem planos de coalizão para resistir à China

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O estado do Missouri, nos Estados Unidos, abriu um processo na última quarta-feira (22) contra o governo chinês pelo desempenho na gestão da crise provocada pela pandemia do novo coronavírus (covid-19).

A Justiça do Missouri argumentou que os impactos causados pela crise prejudicaram em grande medida a região estadunidense. Nesse sentido, o estado alegou que a China poderia ter evitado a pandemia do novo coronavírus.

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“As autoridades chinesas enganaram o público, suprimiram informação crucial, detiveram denunciadores, negaram que a transmissão acontecesse de pessoa para pessoa apesar das provas, destruíram investigações médicas, permitiram que milhões de pessoas fossem expostas ao vírus e monopolizaram equipamento de proteção pessoal”, comunica o processo aberto pelo Missouri.

Dessa forma, o estado norte-americano alegou, no documento, que isso levou a “uma pandemia global que era desnecessária e evitável”. A decisão  de avançar com o processo foi realizada pelo procurador do Missouri, Eric Schmitt.

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A Justiça do estado argumentou que, no momento em que a comunidade médica da China já tinha conhecimento da transmissão do novo vírus entre humanos, o país não comunicou a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Entretanto, a China se encontra protegida por imunidade soberana, legislação no âmbito internacional que países de processarem governos de outras nações. A medida tem objetivo evitar a abertura de ações judiciais “fabricadas”, isto é permeadas por interesses políticos. Nesse sentido, especialistas da área jurídica afirmam que o processo aberto pelo Missouri não apresenta muita possibilidade de avançar.

O documento ainda afirma que os líderes chineses fizeram pouco para conter a disseminação do novo coronavírus. Isso permitiu que milhares de pessoas viajassem, em um momento em que já havia grande quantidade de infectados, pela província de Wuhan, onde teve início o surto.

Missouri processa China por informações insuficientes sobre o coronavírus

O estado norte-americano alegou também que as autoridades chinesas reprimiram a divulgação de informações os sobre o novo coronavírus. A acusação inclui o caso do médico chinês Li Wenliang, que acabou falecendo por conta da covid-19. Wenliang foi considerado o primeiro a alertar sobre o surto e foi acusado pela polícia de Wuhan de publicar comentários falsos na internet.

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O governo chinês também foi processado por monopolizar os equipamentos de proteção individual (EPIs), em um momento em que não havia dimensão do surto. O Missouri alegou ainda que o “pouco material” que a China partilhou tem se mostrado “defeituoso”.

“Antes da pandemia, o Missouri tinha uma das mais baixas taxas de desemprego da última década, mas agora tem a mais alta desde a Grande Depressão”, informa o documento. “A resposta à pandemia exigiu o encerramento de negócios, a interrupção da produção e do comércio e o deslocamento de trabalhadores”.

Atualmente, o estado do Missouri registra mais de 6 mil casos confirmados do novo coronavírus e 229 óbitos pela covid-19. A informações estão de acordo com o acompanhamento em tempo real da Universidade Johns Hopkins.

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