A Mirae Asset informou nesta segunda-feira (13) que realizou duas alterações na carteira recomendada semanal de ações do Ibovespa, o principal índice acionário da bolsa de valores de São Paulo (B3). A gestora trocou os papéis de Banco do Brasil (BBSA3) e Braskem (BRKM5) pelas ações do Banco Inter (BIDI11) e Indústrias Romi (ROMI3).
Segundo a Mirae, a semana continua instável, com divulgação da produção industrial na Chima, além do PIB do segundo trimestre deste ano. A evolução do coronavírus (covid-19) nos EUA também deve dar o tom do humor dos mercados.
“Continuamos vivendo em um período de grandes incertezas, o que tende a gerar volatilidade no mercado acionário e cambial”, disse a gestora, em nota.
De acordo com a Mirae, a notícia da recuperação judicial da Latam também no Brasil impactou negativamente os bancos listados por aqui.
“Esta foi uma péssima notícia para bancos no Brasil, já que a empresa
possuí empréstimos sem garantias com as grandes instituições locais. Nesta linha o Santander possuí exposição de US$ 550 milhões, o Banco do Brasil em US$ 195 milhões, o Bradesco em US$ 78 milhões e o Itaú em US$ 72 milhões”, afirmou Pedro Galdi, analista da Mirae, em nota..
“As ações de bancos já haviam sofrido quando o presidente do Congresso, Rodrigo Maia, afirmar que as taxas de linhas de cartão de crédito e especial deveriam cair forte e estes produtos precisam ser repensados”, disse ele.
Mirae opta por Banco Inter e Indústrias Romi
A Mirae optou, portanto, por indicar a compra das ações de Banco Inter e Indústrias Romi. Segundo a gestora, o Banco Inter poderá surfar a necessidade de crédito no Brasil.
“A estratégia, nos próximos trimestres, será reduzir o gap entre o market share de crédito e o market share de número de correntistas, que é de aproximadamente 2%. Se atingir apenas 1% do mercado de crédito, o Inter entende que poderá registrar uma carteira 4,3x maior do que a atual, atingindo patamar em muito superior ao apresentado atualmente pelo banco”, informou a Mirae.
Já a Indústrias Romi deve se recuperar do impacto sofrido pela crise do coronavírus (covid-19), de acordo com a Mirae.
“Esperamos ligeira recuperação a partir do 3T20 e com mais ênfase a partir dos trimestres seguintes, quando esperamos uma recuperação da economia externa e local”, concluiu a Mirae Asset.