Ministério da Economia revisa PIB de 2021 para cima, em 3,5%

O Ministério da Economia revisou para cima sua projeção para a recuperação da economia em 2021, aumentando o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 3,2% para 3,5%.

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A previsão consta no Boletim Macrofiscal de março, da grade de parâmetros da Secretaria de Política Econômica (SPE), divulgada nesta terça-feira (18).

De acordo com a SPE, pode-se destacar a expectativa do bom resultado da atividade econômica no primeiro trimestre, “mesmo diante do aumento das regras legais de distanciamento e a despeito do fim do auxílio emergencial”.

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O órgão destaca ainda que setor de serviços tem apresentado recuperação em 2021 e está mais próximo do nível pré-crise.

Para 2022, a estimativa de alta no PIB permaneceu em 2,50%.

O ministério manteve ainda as projeções de crescimento da economia de 2023, 2024 e 2025 – todas também em 2,50%.

No último relatório Focus, os analistas de mercado consultados pelo Banco Central estimaram uma alta de 3,45% para o PIB de 2021.

A previsão é maior do que a da semana passada, quando o crescimento previsto era de 3,21%.Trata-se da quarta semana consecutiva de aumento na projeção do PIB. Para 2022, a estimativa é de crescimento de 2,38%.

Bancos e corretoras endossam otimismo

Elevaram suas estimativas para o PIB brasileiro, até então, as corretoras XP e Ativa, os bancos de investimento Credit Suisse, UBS, Bank of America e Goldman Sachs e as consultorias MB Associados e Parallaxis Economics, entre outros. Na média, as projeções de crescimento passaram de 3,2%, em abril, para 3,8% agora.

Segundo economistas, os indicadores do primeiro trimestre apontam que o isolamento social para conter a covid-19 não foi tão rígido quanto no início da crise sanitária, em 2020 – seja porque as medidas restritivas foram mais brandas seja porque as pessoas cumpriram menos as regras.

Segundo epidemiologistas, o afrouxamento das medidas de proteção ajudaram a elevar o número de mortos pela pandemia para mais de 430 mil.

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Embora ainda haja incertezas sobre o futuro da economia, especialmente por causa de eventuais problemas na vacinação, ficaram para trás as previsões de recessão, ou seja, de dois trimestres seguidos de retração nesta primeira metade do ano, presente em algumas análises no início de 2021.

Na última segunda-feira (10), ao comentar a elevação de sua projeção para um crescimento do PIB de 4,1% este ano, contra 3,2% na estimativa anterior, o economista-chefe da XP, Caio Megale, disse que, “apesar da vacinação turbulenta e incerta”, no início do ano, “a demanda interna se mostrou muito mais resiliente ao fim do auxílio emergencial e em meio à segunda onda da covid-19 do que se esperava”.

 

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Eduardo Vargas

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