Ministério da Economia estima alta de 0,847% no PIB em 2019

O Ministério da Economia preservou a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 0,8% em 2019. O número foi divulgado nesta terça-feira (10), no Boletim MacroFiscal da Secretaria de Política Econômica.

Após a divulgação dos dados, o Ministério da Economia declarou que a estimativa do PIB foi aumentada de 0,81% para 0,85%. Isso porque anteriormente o número divulgado estava considerando apenas uma casa decimal depois do zero.

No primeiro material, que foi divulgado pela imprensa, o número, de 0,8%, mostrava apenas uma manutenção da projeção que já havia sido feita em julho.

Com a consideração de três casas decimais, o PIB teve sua estimativa de alta elevada para 0,847%. A explicação foi feita pelo subsecretário de Assuntos Fiscais da Secretaria de Política Econômica, Marco Cavalcanti.

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O avanço da reforma da Previdência no Congresso foi um dos pilares responsáveis pelo crescimento desta projeção, de acordo com o subsecretário de Macroeconomia da Secretaria de Política Econômica (SPE), Vladimir Kuhl.

“Num cenário em que a Previdência não tivesse passado na Câmara ou fosse muito desidratada, com certeza (os indicadores) estariam muito piores”, disse Kuhl.

Projeção para o terceiro trimestre

Para o terceiro trimestre, o Ministério da Economia prevê o crescimento do PIB em 0,7% em comparação ao mesmo período de 2018.

O setor agropecuário deve puxar o crescimento do período compreendido entre julho e setembro.

Economistas reduzem projeção do PIB para abaixo dos 2%

Analistas e economistas de grandes instituições financeiras projetaram que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro deverá tingir níveis inferiores a 2% em 2020.

Desse modo, tratará do quarto ano consecutivo em que o PIB do Brasil terá expansão abaixo de 2%. “A mudança é ligada principalmente ao cenário externo, que tem incerteza política, além da comercial”, disse o economista do banco Bradesco, Fernando Honorato Barbosa.

Alguns fatores que podem influenciar o desenvolvimento econômico do País segundo os economistas são:

  • desaceleração da economia global
  • crise política e econômica na Argentina
  • baixo investimentos no Brasil
  • guerra comercial.

“O Brasil é muito ligado aos ciclos da economia global. Embora a nossa economia seja bastante fechada, a nossa indústria é mais aberta”, afirmou Barbosa ao jornal “Folha de S.Paulo”.

Na última sexta-feira (6), o banco Bradesco reduziu de 2,2% para 1,9% a projeção do PIB para o próximo ano.

Juliano Passaro

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