PIB: Ministério da Economia corta previsão de crescimento para 2,1%
Segundo o Ministério da Economia, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, em 2020, crescerá 2,1%. Em janeiro, a previsão de expansão era de 2,4%. As informações foram divulgadas pela Secretaria de Política Econômica (SPE) da pasta econômica nesta quarta-feira (11).
A previsão do PIB pela equipe do ministro Paulo Guedes consta no Boletim Macrofiscal, que traz, entre outras informações macroeconômicas, previsões sobre a inflação. O boletim é divulgado mensalmente.
De acordo com as informações divulgadas pela Secretaria, o cenário internacional passa por uma turbulência desde o ano passado, forçando uma desaceleração econômica. Essa tendência, segundo o Ministério, foi confirmada pela epidemia do coronavírus (Covid-19), oriunda na segunda maior potência econômica do planeta.
A doença poderá poderá representar uma série de choques negativos na atividade global, como impactos na produtividade, na demanda resultante, queda no preço de commodities e condições financeiras, segundo o boletim.
“Os impactos esperados sobre a economia brasileira situam-se dentro de um intervalo de -0,1 p.p. a -0,5 p.p, no crescimento de 2020, com valor próximo a -0,3 p.p. como sendo o cenário mais provável”, informa o texto.
Com a nova leitura sobre as perspectivas da atividade econômica brasileira, a estimativa do governo ficou mais próxima, entretanto, ainda superior à expansão de 1,99% esperada pelos especialistas que colaboram com o Boletim Focus, conforme a divulgação do Banco Central (BC) na última segunda-feira (9).
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Ao passo que, para o governo, a economia deve crescer menos que o esperado, as estimativas para a inflação foram cortadas. Para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a estimativa é de crescimento de 3,12%, ante 3,62% no mês passado.
Essa grade de parâmetros, com previsões sobre PIB e inflação, é usada para atualizar as estimativas do governo para as receitas e despesas no ano. O primeiro relatório de reavaliação das contas públicas será divulgado na próxima semana. Na última terça-feira (10), o secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, afirmou que o cenário mais provável é de contingenciamento de recursos.