Ministério da Saúde prevê até 3 mil mortes diárias por covid-19 em março
Autoridades do Ministério da Saúde preveem que o Brasil chegue, nas próximas duas semanas, ao seu pior momento na pandemia da covid-19, com até 3 mil mortes diárias. As informações são do jornal Valor Econômico.
O cenário de avanço da covid-19 resulta de uma série de fatores, como, por exemplo, das aglomerações de fim de ano e de Carnaval, da dificuldade da população em se manter em isolamento, da circulação de novas variantes, da iminência de colapsos nos sistemas hospitalares em diversas regiões e da falta de vacinas disponíveis.
O Ministério da Saúde se volta, principalmente, para a região Sul do país. O Rio Grande do Sul tem, há uma semana, a sua ocupação de leitos próxima ou acima de 100%. Na região Norte, apesar dos números menores, o problema é o baixo número de leitos. Estados como Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo também acenderam a luz vermelha quanto ao aumento de casos da covid-19.
Para a equipe do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, o estado de São Paulo conseguiu até agora evitar uma tragédia por possuir o maior número de leitos de UTI do país. Se um colapso hospitalar ocorrer nessa região, o número de mortes por covid-19 deve subir exponencialmente.
Em resposta à crise, o Ministério da Saúde afirma “não ter o que fazer” e deve apenas estimular a reabertura de hospitais de campanha. Restrições e lockdowns ficaram sob responsabilidade dos estados. Além disso, o presidente Jair Bolsonaro é crítico ferrenho destas medidas.
Para o médio prazo, o Ministério da Economia tem visões mais otimistas, acreditando que a vacinação contra a covid-19 deve acelerar a partir de abrir, com o Instituto Butantan e a Fiocruz produzindo cerca de 1,4 milhão de doses diárias e com a chegada das vacinas importadas.