O Ministério da Saúde informou neste sábado (16) que o secretário executivo da pasta, Eduardo Pazuello, vai assumir interinamente o comando do ministério. Pazuello substitui o ex-ministro Nelson Teich, que se demitiu do governo na última sexta-feira (15).
De acordo com o Ministério da Saúde, o novo ministro é especialista em logística e coordenou as tropas do Exército durante os Jogos Olímpicos, além de ter coordenado a Operação Acolhida, que presta assistência aos imigrantes venezuelanos que chegam ao Brasil.
O médico Teich disse que deixou, para quem viesse sucedê-lo, um plano de trabalho “pronto para auxiliar os secretários estaduais e municipais a tentar entender o que está acontecendo e pensar próximos passos”.
Nelson Teich pede demissão do Ministério da Saúde
O ex-ministro da Saúde Nelson Teich pediu exoneração na manhã da sexta-feira. O médico estava no cargo há menos de um mês, e substituiu Luz Henrique Mandetta, demitido após divergências na condução da crise do coronavírus.
Um dos motivos para a saída de Teich seria a divergência no uso da cloroquina como tratamento para o coronavírus, segundo informações da GloboNews. A postura do agora ex-ministro era diferente daquela do presidente Jair Bolsonaro, segundo relato também de repórteres de outros veículos de imprensa que atuam em Brasília.
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Publicamente, Bolsonaro vinha retomando a pressão pelo uso de cloroquina nos últimos dias. O presidente defende o uso do medicamento desde os estágios iniciais da doença. A recomendação do Ministério da Saúde, no entanto, é que seja usada em casos graves, por não haver comprovação da eficácia do remédio contra o coronavírus.
Nelson Teich, no entanto, vinha adotando postura de cautela. O agora ex-ministro publicou em seu Twitter mensagem sobre o medicamento em que chamava a atenção para os efeitos colaterais. Ele indicava também que outros remédios estavam testados e reafirmava o protocolo instituído por Mandetta.