Ministério da Fazenda inicia avaliação sobre crise no agronegócio
A equipe do Ministério da Fazenda está traçando um diagnóstico sobre a crise do agronegócio, motivada sobretudo pela questão climática. Apesar dos pleitos do setor, como crédito e renegociação de dívidas, ainda não há nenhuma definição de ação a ser tomada, disse o secretário de Política Econômica, Guilherme Mello.
“O ministro (da Agricultura, Carlos) Fávaro esteve aqui conosco e estamos fazendo um balanço, entendendo onde estão e quais são os problemas. Estamos nesse momento de montar o diagnóstico, de fazer uma avaliação. Isso, obviamente, é algo que a gente tem de fazer de maneira recorrente, porque cada setor tem a sua particularidade, e o agro, em especial, sofre mais esses impactos da mudança climática”, disse Mello sobre o agronegócio.
O setor produtivo do agronegócio pede a prorrogação dos financiamentos para investimento com vencimento neste ano para o último ano do contrato, com manutenção das taxas de juros, renegociação dos financiamentos de custeio, antecipação das operações de pré-custeio e liberação de recursos para capital de giro.
Relator vai propor elevação a 20% na mistura do biodiesel
O relator do projeto de lei do combustível do futuro na Câmara, deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), afirmou que vai acrescentar no seu parecer uma proposta que prevê o aumento em até 20% do porcentual de biodiesel na mistura ao óleo diesel. Este era um dos pontos de impasse na elaboração do relatório. A expectativa, segundo ele, é de que a matéria avance na Casa logo após o feriado de carnaval.
“Vamos traçar (no relatório) um cenário até a mistura de 20%. Hoje a partir de março é 14%, vamos traçar cenário de 20% e depois deixar, mediante condições, a possibilidade de evoluir até 25%”, afirmou o parlamentar.
No final do ano passado, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) decidiu aumentar, gradualmente, o porcentual da mistura obrigatória do biodiesel no óleo diesel vendido no Brasil. Pelo acordo anunciado, o porcentual, atualmente estabelecido em 12%, passará para 14% a partir de março de 2024, e para 15% em 2025.
(Com informações do jornal O Estado de S. Paulo e Estadão Conteúdo)