O Ministério da Economia da Alemanha, nesta segunda-feira (14), afirmou que é improvável que a economia do país entre em uma recessão prolongada, apesar do crescimento fraco.
A economia da Alemanha deverá apresentar uma leve queda no terceiro trimestre deste ano, da mesma forma que no intervalo de abril a junho. O resultado é reflexo do enfraquecimento das exportações devido às incertezas ligadas ao Brexit, além de entraves comerciais.
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A recessão técnica, que é esperada na próxima divulgação de resultados macroeconômicos, ocorrerá após nove anos consecutivos de crescimento, devido ao aumento exponencial das exportações, sobretudo em direção à China.
Além disso, o consumo impulsionado pelas baixas taxas de juros na zona do euro também colaboraram para o sucesso da maior economia do Velho Continente.
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“A indústria alemã, orientada para a exportação, está enfrentando um comércio global fraco, a estagnação da produção global e a menor a demanda por carros”, informou o ministério.
Alemanha teme que a retração se espalhe
O ministério expressou sua preocupação de que a desaceleração do setor manufatureiro possa aumentar e perpetuar-se para outros setores da economia.
“A economia alemã permanece em estagnação. A atividade econômica está paralisada no nível existente”, disse o governo alemão.
O ministério declarou que o aumento nos serviços e na construção compensava uma recessão no setor manufatureiro. Os principais institutos econômicos alemães reduziram suas projeções para o crescimento do país europeu, prevendo uma expansão de 0,5% este ano e 1,1% em 2020.
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O governo da Alemanha publicará suas previsões de crescimento nesta semana. Em abril, na última divulgação oficial, era estimado um crescimento de 0,5% para 2019 e 1,5% para ano que vem.
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