Após investigações, o Ministério da Agricultura concluiu que a causa de mais de 100 internações e morte de cães no país foi um erro na identificação de lotes de substâncias altamente tóxicas e proibidas na alimentação animal, o monoetilenoglicol, como se fossem lotes de propilenoglicol, permitidos para o consumo humano e animal.
“A incorreção desta identificação levou ao uso de produto extremamente tóxico na fabricação de petiscos, em quantidades muito acima das doses que são consideradas fatais”, disse o ministério, em comunicado.
A pasta não informou qual empresa foi a responsável pela identificação incorreta dos lotes de monoetilenoglicol como se fossem de propilenoglicol.
O Ministério chegou a realizar cerca de 120 fiscalizações, porém nem todas as empresas foram interditadas, bloqueando apenas as empresas que tiveram como identificação a contaminação por monoetilenoglicol nos alimentos para pets.
Contudo, as interdições não aconteceram totalmente, sendo algumas parciais e outras para averiguação de informações. Sendo assim, elas seriam liberadas após comprovação de que os alimentos fossem seguros para consumo dos animais.
Dessa forma, foram necessárias apresentação de laudos de análise da matéria-prima, certificados de higienização de linhas de equipamentos, nova sistemática de qualificação de fornecedores e apresentação dos fornecedores qualificados.
As lojas que comercializaram os alimentos contaminados foram orientadas a recolher os produtos e descartá-los. Até o momento, somente a FVO – Brasília Indústria e Comércio de Alimentos LTDA ainda está interditada.
Antes da decisão do Ministério da Agricultura, em outubro ocorreu a retirada de circulação dos petiscos comercializados por seis empresas, após apresentar em dois lotes a presença de propilenoglicol contaminados com monoetilenoglicol, adquiridos da empresa Tecno Clean. Entre as empresas que estavam sob investigação estão a Bassar, FVO Alimentos, Peppy Pet, Upper Dog, Petitos e Pets Mellon.