Minerva (BEEF3) tenta aquisição de unidades da Marfrig (MRFG3)

A autoridade concorrencial uruguaia (Comisión de Promoción Y Defensa de la Competencia – Coprodec) recebeu da Minerva (BEEF3) um novo pedido de autorização para a aquisição de 3 plantas de propriedade controladas da Marfrig (MRFG3) no Uruguai.

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As plantas da Marfrig em questão estão localizadas nas cidades de San José, Salto e Colonia, e não é a primeira vez que a Minerva tenta a aquisição.

“Tendo em vista o último parecer da Coprodec ao pleito original, a nova estrutura proposta passou a prever a aquisição, pela Minerva, das plantas de San José e Salto, condicionada, contudo, à imediata revenda da planta localizada em Colonia para o Allana Group”, afirma a BEEF3.

A Marfrig, por sua vez, afirma que sua proposta não implicará em nenhuma alteração das condições originalmente pactuadas com a Minerva para a operação.

Essa proposta faz parte de um negócio entre Marfrig e Minerva anunciado em agosto de 2023, que envolve a compra, por parte da BEEF3, de 16 unidades de abate de MRFG3 na América do Sul por um valor de R$ 7,5 bilhões.

Marfrig (MRFG3) X BRF (BRFS3): por qual optar na tese do frango?

O Goldman Sachs emitiu um novo relatório sobre o setor de proteína animal, tendo como base dados da Nielsen referentes ao segmento nos meses de novembro e dezembro de 2024. A casa mantém uma visão construtiva para o mercado de frango, e aponta a Marfrig (MRFG3) como a melhor opção para aproveitar a tese.

O relatório da Nielsen aponta que a combinação de uma oferta limitada e uma demanda global crescente para o mercado de frango deve sustentar margens positivas em 2025.

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Com os preços da carne bovina para consumidores cerca de 20% acima dos níveis históricos, o Goldman Sachs acredita que há espaço para novos reajustes no preço do frango, com possível migração de consumidores de carne bovina para frango.

A casa afirma que tanto a BRF quanto a Seara implementaram aumentos de preços na casa de meio dígito em janeiro de 2025, o que deve compensar parte da inflação de grãos (com custos de ração animal subindo cerca de 10% em janeiro).

Com isso, as margens do setor permanecem protegidas, e o Goldman Sachs acredita que a BRF pode manter margens de dois dígitos ao longo de 2025.

Acontece que a Marfrig tem uma participação relevante na BRF, e os analistas entendem que o melhor caminho para surfar o bom momento da BRFS3 é por meio da Marfrig.

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Guilherme Serrano

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