A Minerva Foods (BEEF3) informou nesta terça-feira (28) que registrou um lucro líquido de R$ 253,4 milhões no segundo trimestre deste ano, ante prejuízo de R$ 113,3 milhões no mesmo período de 2019.
A companhia do setor de exportação de proteínas reportou um desempenho operacional recorde para o período e cravou o melhor segundo trimestre da história da Minerva.
A empresa registrou um lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de R$ 590,2 milhões. O resultado foi o maior para um segundo trimestre, com aumento de 62% na comparação anualizada. A margem Ebitda também foi recorde, de 13,4%, uma de 440 pontos-base ante mesmo período do ano passado.
Nesse sentido, a alavancagem líquida do trimestre ficou em 2,6 vezes, o menor nível nos últimos 12 meses. Em dólar, o indicador, medido pela relação entre dívida líquida e Ebitda dos últimos 12 meses encerrados em junho, fechou o período em 2,2 vezes.
Minerva aposta em política de hedge para driblar crise
O diretor executivo da Minerva, Edison Ticle, afirmou que o resultado obtido no segundo trimestre só foi possível pois a companhia se protegeu do impacto negativo que a valorização do dólar sobre o endividamento em reais. “Em função da política de hedge e da geração de caixa, a dívida ficou praticamente estável”, destacou o CFO.
Saiba mais: Minerva (BEEF3) cria área de inovação focada em dados e e-commerce
Dessa forma, segundo o executivo, a política de hedge cambial adotada pela exportadora evitou um efeito negativo de R$ 437 milhões sobre a dívida líquida, em razão da valorização da moeda americana ante ao real em meio à pandemia de covid-19. No final do mês de junho, a dívida líquida do grupo somava R$ 5,4 bilhões, próximo ao reportado em 31 de março.
A política cambial também contribuiu para a geração de caixa da Minerva. O vencimento de parte dos contratos de derivativos de balcão, com os quais a companhia realizou o hedge cambial, representaram a entrada de quase R$ 215 milhões no segundo trimestre no caixa da empresa.