Radar: Diretor da Minerva (BEEF3) revela informação privilegiada, Energisa (ENGI11) pagará dividendos e Magalu (MGLU3) reverte prejuízo
Marco Antônio Lopes
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Antes de a notícia sobre o possível fechamento de capital da Minerva (BEEF3) ganhar destaque no noticiário nesta quarta-feira (11), o diretor de relações com investidores da Minerva, Edison Ticle, revelou que esta seria uma possibilidade diante de um grupo de investidores que acompanhava uma live no Instagram, conduzida por Rafael Ferri, na última terça-feira.
Na ocasião, o diretor de RI da Minerva estava assistindo à live e fez comentários por escrito. Em uma das falas, ele disse que a Minerva poderia fazer “uma OPA de fechamento de capital se o mercado continuar cagando (sic) pros proventos”. OPA é a sigla para Oferta Pública de Aquisição.
Em outro momento, ele releva .outra possibilidade: “BEEF3 pode sair recompra agressiva”.
As declarações do executivo chamaram atenção e passaram a circular em redes sociais. No dia seguinte, o site Pipeline, do Valor Econômico, noticiou que os controladores da Minerva Foods haviam começado a discutir a possibilidade fechar o capital da companhia.
A Minerva se pronunciou na tarde desta quinta (12) sobre as notícias de que estaria avaliando fechar seu capital. Em fato relevante, publicado hoje, no final da tarde, a Minerva afirmou “que pelo período de ao menos seis meses não pretende realizar oferta pública para aquisição de ações para cancelamento de registro.”
Veja as outras empresas que se destacaram nesta quinta-feira:
Americanas (AMER3) reverte prejuízo e lucra R$ 224,9 milhões no 2T21
A Americanas (AMER3) registrou lucro líquido pró-forma — considerando a combinação de negócios da B2W e da Lojas Americanas (LAME4) — de R$ 224,9 milhões no segundo trimestre de 2021, revertendo prejuízo de R$ 36 milhões apurado em igual período do ano passado
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado atingiu R$ 1,1 bilhão, com margem Ebitda de 15,5%, um recuo de 0,1 ponto percentual, devido à maior participação das vendas online e aos investimentos realizados pela Americanas.A receita líquida da varejista saltou de R$ 4,73 bilhões, no ano anterior, para R$ 6,92 bilhões, no trimestre encerrado no último mês de junho, uma variação positiva de 46,1%.
O volume bruto de mercadoria (GMV, na sigla em inglês) total da Americanas foi de R$ 12,6 bilhões, um crescimento de 32,6% na base anualizada. O GMV Digital atingiu R$ 9,8 bilhões no segundo trimestre deste ano, um aumento de 37,3%.
Energisa (ENGI11) pagará R$ 235 milhões em dividendos
A Energisa (ENGI11) informou nesta quinta-feira (12) que fará o pagamento de dividendos no montante de R$ 235,29255425 milhões, equivalente a R$ 0,65 por unit e R$ 0,13 por ação ordinária e preferencial de emissão da companhia elétrica.
Terão direito aos dividendos os acionistas da Energisa que detiverem ativos no dia 17 de agosto. A partir de 18 de agosto, as ações da empresa serão negociadas “ex-dividendos”.
Os pagamentos serão efetuados em 29 de setembro de 2021. Não haverá desconto relativo ao Imposto de Renda na Fonte.
Magazine Luiza (MGLU3) reverte prejuízo e lucra R$ 89 mi no 2T21, reflexo do aumento das vendas
O Magazine Luiza (MGLU3) divulgou nesta quinta-feira (12) seus resultados no segundo trimestre desse ano. A gigante varejista apurou um lucro líquido ajustado de R$ 89,1 milhões, deixando para trás o prejuízo de R$ 62,2 milhões anotado um ano antes.
Entre abril e junho deste ano a receita líquida do Magazine Luiza alcançou R$ 9,013 bilhões, uma alta de 61,9 % em comparação com a receita obtida no segundo trimestre do ano passado.
As vendas totais da empresa, incluindo lojas físicas, e-commerce com estoque próprio (1P) e marketplace (3P) cresceram 60,5% e atingiram 13,7 bilhões. Segundo o balanço, o resultado foi “reflexo do aumento de 46,4% no e-commerce total e de 111,6% nas lojas físicas. O excelente desempenho das vendas foi alcançado mesmo com parte das lojas físicas ainda fechadas em função da covid-19, principalmente no mês de abril.”
Lojas Renner (LREN3): lucro cai 76,4%, mas receita salta 207% com retomada das vendas
A Lojas Renner (LREN3) divulgou nesta quinta-feira (12) seus resultados referentes ao segundo trimestre desse ano. A varejista de moda anotou um lucro líquido de R$ 193,1 milhões, valor 76,4% menor do que o ganho de R$ 818,1 milhões apurado no mesmo período em 2020.
Contudo, há um ano a Lojas Renner teve uma recuperação de crédito fiscal relacionado ao PIS e a Cofins, que trata de um ganho não recorrente.
“Em bases comparáveis, o resultado do segundo trimestre de 2021 foi 184,7% superior ao do mesmo período de 2020, em função, principalmente, do maior resultado operacional”, explicou a companhia.
Por outro lado, entre abril e junho desse ano, a receita operacional líquida da Lojas Renner foi de R$ 2,489 bilhões, salto de 207,9% na comparação ano a ano. Segundo a companhia, o resultado foi impulsionado pelo recorde de vendas no Dia das Mães.
A receita líquida das vendas de mercadorias subiu 318,3%, para R$ 2,257 bilhões no segundo trimestre desse ano, mas a receita líquida de produtos financeiros caiu 13,9%, para R$ 231,569 milhões.
BRF (BRFS3) reverte lucro e registra prejuízo de R$ 199 mi com aumento de despesas financeiras
A BRF (BRFS3) apurou prejuízo líquido de R$ 199 milhões no segundo trimestre de 2021, revertendo lucro de R$ 307 milhões em igual período de 2020.
A variação do resultado foi atribuída pela companhia a um aumento das despesas financeiras, que totalizaram R$ 797 milhões entre abril e junho, ante R$ 167 milhões no ano passado.
Segundo a BRF, os impactos principais do aumento das despesas foram a atualização do valor justo da opção de venda relacionada à combinação de negócios da “put option” Banvit e juros associados ao endividamento, contingências, arrendamentos e passivos atuariais com variação negativa.
O frigorífico reportou um Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado com ex-efeitos tributários de R$ 1,271 bilhão, expansão de 23,2%.
A receita líquida cresceu 27,8%, para R$ 11,637 bilhões, impulsionada pelo melhor desempenho comercial no Segmento Brasil, pelo aumento da receita do Segmento Internacional e maiores volumes e preços no negócio de Ingredientes.
Americanas (AMER3) reverte prejuízo e lucra R$ 224,9 milhões no 2T21
A Americanas (AMER3) registrou lucro líquido pró-forma — considerando a combinação de negócios da B2W e da Lojas Americanas (LAME4) — de R$ 224,9 milhões no segundo trimestre de 2021, revertendo prejuízo de R$ 36 milhões apurado em igual período do ano passado.
A receita líquida da varejista saltou de R$ 4,73 bilhões, no ano anterior, para R$ 6,92 bilhões, no trimestre encerrado no último mês de junho, uma variação positiva de 46,1%.
O volume bruto de mercadoria (GMV, na sigla em inglês) total da Americanas foi de R$ 12,6 bilhões, um crescimento de 32,6% na base anualizada. O GMV Digital atingiu R$ 9,8 bilhões no segundo trimestre deste ano, um aumento de 37,3%
Arezzo (ARZZ3) sai de prejuízo para lucro de R$ 132,5 milhões no 2TRI
A Arezzo (ARZZ3) divulgou nesta quinta-feira (12) seus resultados no segundo trimestre desse ano. A companhia anotou um lucro líquido de R$ 132,496 milhões, deixando para trás o prejuízo de R$ 31,048 milhões apurado um ano antes.
Já o lucro líquido ajustado da Arezzo no período foi de R$ 47,4 milhões, alta de 33,3% em comparação com o segundo trimestre do ano anterior.
Em seu balanço, a companhia de calçados explica que o lucro líquido foi impactado positivamente “pela excelente performance operacional da Arezzo&Co no período e incorporação da AR&CO”. Por outro lado, o aumento das despesas financeiras e da alíquota efetiva de Imposto de Renda teve influência negativa sobre o ganho.
Já a receita líquida da companhia somou R$ 705,627 milhões ao final de junho, um salto de 214,2% ante o segundo trimestre do ano passado.
Prejuízo da CCR (CCRO3) no 2T21 é 69% menor na comparação anual
A CCR (CCRO3) divulgou nesta quinta-feira (12) os resultados no segundo trimestre desse ano. A concessionária anotou prejuízo de R$ 44 milhões ao final de junho, uma perda 69% menor do que a registrada no mesmo período em 2020.
Segundo a CCR, o resultado se deve a um efeito não recorrente. No trimestre, a companhia celebrou um Termo Aditivo e Modificativo (TAM) preliminar com o governo de São Paulo, que prevê uma indenização de R$ 1,2 bilhão e a aplicação de R$ 2,3 bilhões em rodovias paulistas.
O contrato influenciou os resultados e gerou o prejuízo — mas, considerando os dados de mesma base (quando são excluídos o desembolso para o Tesouro estadual, o reequilíbrio de ViaQuatro e a CCR ViaCosteira — que teve documento assinado em julho de 2020 –, o grupo apresentou lucro líquido de R$ 294,4 milhões, ante prejuízo de R$ 142,5 milhões um ano antes.
Natura (NTCO3) reverte prejuízo e lucra R$ 232,2 mi no 2T21
A Natura (NTCO3) anotou um lucro líquido de R$ 232,2 milhões no segundo trimestre desse ano, e deixou para trás o prejuízo de R$ 392,91 milhões registrado um ano antes.
Segundo a empresa, as pressões inflacionárias no período de abril a junho deste ano foram amplamente compensadas pelos ganhos de sinergias, preços e alavancagem de vendas. Excluindo os efeitos não-recorrentes relacionados à pandemia no segundo trimestre de 2020, a margem Ebitda ajustada teria melhorado neste trimestre, acredita a empresa.
Com recuperação das vendas, Energisa (ENGI11) reverte prejuízo e tem lucro de R$ 749 mi no 2T21
A Energisa (ENG11) divulgou nesta quinta (12) que obteve lucro líquido de R$ 749 milhões entre abril e junho deste ano. A companhia atribui o resultado à consistente retomada de vendas no trimestre.
Com esse resultado, a empresa reverteu o prejuízo de R$ 88 milhões do mesmo período de 2020. O número teve o impacto positivo de R$ 142 milhões referentes à marcação a mercado de derivativos, sem efeito caixa, com R$ 72,8 milhões de influência negativa referente ao bônus de subscrição atrelado à 7ª emissão.
Segundo a Energisa, é preciso considerar ainda os R$ 214,8 milhões referentes à opção de compra pela companhia da participação de minoritários da Energisa Participações Minoritárias — o que gerou consequências positivas no desempenho trimestral da empresa. No acumulado do semestre foi apurado salto de 228,6% no lucro, para R$ 1,622 bilhão.
No período, o EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) subiu 90,5% base anual, para R$ 1,385 bilhão. O Ebtida ajustado atingiu R$ 1,497 bilhão, valor 86,8% maior na mesma base de comparação. No acumulado do semestre, o Ebitda chegou a R$ 2,922 bilhões, aumento de 68,8%.
Lucro líquido da Eztec (EZTC3) sobe 104% no 2T21
A Eztec (EZTC3) reportou no balanço do segundo trimestre de 2021, divulgado nesta quinta (12), que o lucro líquido chegou a R$ 139,490 milhões.
Esse resultado representa uma alta de 104% do lucro líquido na comparação anual.
A receita operacional líquida totalizou R$ 289 milhões, expansão de 89%. Segundo a incorporadora e construtora de São Paulo, o avanço se deve ao crescimento do volume de vendas — especialmente do estoque pronto, que correspondeu a 32% das unidades comercializadas.
O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 109 milhões, 101% superior na mesma base de comparação. A margem Ebitda subiu 2 pontos porcentuais, para 38%.
Lojas Americanas (LAME4) reverte prejuízo e consolida lucro de R$ 254,7 mi no 2T21
A gigante do varejo Lojas Americanas (LAME4)informou nesta quinta (12) que reverteu prejuízo e apurou lucro líquidode R$ 254,7 milhões no segundo trimestre deste ano.
Em 2020, no mesmo período, a companhia havia contabilizado prejuízo de R$ 7,1 milhões em meio às restrições de mobilidade social no início da pandemia.
A margem Ebitda Ajustada foi de 15,5%, com leve recuo de 0,1 ponto porcentual ante o ano passado.
Sabesp (SBSP3) reporta alta de 104,4% no lucro do 2T21
A Sabesp (SBSP3) apurou lucro de R$ 773,1 milhões no balanço do segundo trimestre de 2021, divulgado pela empresa nesta quinta (12). Esse número equivale ao dobro do que a companhia reportou no mesmo intervalo no ano passado. O número exato desse avanço é de 104,4%.
A receita líquida da companhia teve crescimento bem mais modesto que o lucro: 3,7%, para R$ 4,6 bilhões nos três meses. O resultado final contou, porém, com ganhos de R$ 248 milhões no capítulo financeiro do balanço – que inclui a conta do pagamento de dívida -, o que reverteu as despesas de R$ 675,5 milhões apuradas nesta rubrica um ano antes.
A Sabesp diz que foi beneficiada pelo impacto cambial positivo em sua dívida. O resultado se deve a ganhos de R$ 442,3 milhões com as variações cambiais sobre empréstimos e financiamentos, dada a valorização do real no período frente ao dólar e ao iene.
Além disso, em 2020, a Sabesp tinha feito a conversão de moeda na dívida com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) – de US$ 494,6 milhões para R$ 2,81 bilhões. Isso reduziu a sua exposição cambial, assim como amortizou antecipadamente R$ 1,91 bilhão em eurobônus.
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