Minerva (BEEF3) e BRF (BRFS3) desabam na Bolsa após notícias sobre “vaca louca” no Brasil; caso é confirmado
As ações da Minerva (BEEF3), BRF (BRFS3) e Marfrig (MRFG3) despencaram na bolsa de valores nesta quarta (22), no primeiro pregão após o Carnaval 2023. Essas quedas ocorreram após o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmar que investiga um caso suspeito de encefalopatia espongiforme bovina, doença conhecida como mal da “vaca louca”, no Pará. No início da noite, o diagnóstico foi confirmado pelas autoridades do Estado.
No Ibovespa hoje desta quarta, as ações dos frigoríficos fecharam da seguinte forma:
- Minerva (BEEF3): 7,92%
- BRF (BRFS3): 6,71%;
- Marfrig (MRFG3): 4,71%.
Na segunda (20), o Mapa confirmou o caso suspeito de vaca louca e afirmou que todas as medidas cabíveis já estão sendo tomadas.
A suspeita já foi submetida a análise laboratorial para a confirmação ou não e, a partir do resultado, serão aplicadas imediatamente as ações cabíveis.
De acordo com a Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepara), os exames comprovam o diagnóstico da “vaca louca”. Segundo a pasta, o caso ocorreu em uma propriedade com 160 cabeças de gado, que já foi isolada. “A propriedade foi inspecionada e interditada preventivamente”, destacou a agência em comunicado ao jornal O Estado de São Paulo.
Mal da vaca louca e as frigoríficas na Bolsa, como a Minerva? Entenda a relação
As últimas ocorrências do mal da “vaca louca” foram confirmadas em 2021 pelo Governo Federal, em frigoríficos de Belo Horizonte (MG) e Nova Canaã do Norte (MT).
O controle sanitário é bem rígido em casos como estes e, na ocasião, as exportações de carne bovina do Brasil para a China chegaram a ser suspensas temporariamente.
Em relatório enviado ao mercado, o time do Itaú BBA recordou que os casos anteriores de vaca louca causaram impactos variados no setor, conforme as proibições determinadas pelas autoridades.
Além disso, o Bradesco BBI ressaltou que a China corresponde a 50%/60% das exportações de carne brasileira. Assim, o diagnóstico do caso suspeito e os próximos passos das autoridades neste caso podem trazer impactos para as operações de empresas como a Minerva, BRF, Marfrig, entre outras.