Minerva (BEEF3): BBI ajusta preço-alvo e recomenda compra após resultados do 3T21
O BB Investimentos divulgou nesta segunda (8) seu relatório sobre o balanço trimestral da Minerva (BEEF3), que deixou impressão positiva nos analistas. O documento destaca a resiliência da empresa diante do cenário adverso do embargo chinês. Com isso, a recomendação do BBI é de compra, atualizando o preço-alvo de R$ 10,40 para R$ 15,00 até 31 de dezembro de 2022, com potencial de valorização de 42,9%.
Segundo o BBI, o resultado financeiro da Minerva foi afetado principalmente pela variação cambial negativa (sem efeito caixa), mas a empresa ainda conseguiu registrar lucro líquido de R$ 72,4 milhões.
Aa Minerva aprovou a distribuição de dividendos de R$ 200 milhões (com valor unitário de R$ 0,35) a serem pagos ainda em novembro, equivalentes a um yield de 3,4% sobre a cotação do último fechamento.
Em seus resultados do terceiro trimestre, a Minerva entregou uma receita líquida recorde de R$ 7,4 bilhões (+43,4% a/a) e manteve a rentabilidade operacional, com margem EBITDA de 8,8%, decorrente de um EBITDA recorde de R$ 648,1 milhões (+16,9% a/a).
A análise considera que a Minerva colhe os frutos da diversificação geográfica de suas operações, cuja estratégia comercial combina ganho de participação de mercado, maximização de rentabilidade e disciplina financeira. A flexibilidade comercial da companhia, principalmente com a filial Athena Foods no Uruguai e Argentina, foi o que permitiu a empresa seguir exportando para a China quando o país proibiu a negociação de carnes com o Brasil diante do caso da “vaca louca”.
Minerva tem cenário positivo para o 4T21
As perspectivas seguem favoráveis para o 4T21 e para 2022, com expectativa de demanda aquecida, dado que o consumo de carne bovina seguirá impulsionado pela retomada econômica global e pela respectiva reabertura de atividades, tais como turismo e food service, que seguiram impactadas até o 3T21.
Além dos dividendos anunciados recentemente, a empresa acumula R$ 603 milhões em proventos em 2021, que equivale a R$ 1,12 por ação e representa um yield significativo de 10,2% sobre a cotação do início do ano.
Como riscos para os negócios da Minerva, a análise cita a elevação de preços de commodities, que podem impactar os custos com insumos e afetar negativamente as margens da companhia, indisponibilidade de gado e/ou outras matérias-primas, bem como de mão de obra nas localidades onde a empresa atua, que podem afetar sua produção, bem como elevar custos e despesas. O relatório menciona ainda a recuperação mais lenta do que o esperado das economias, com desaceleração do consumo e pressão nos preços de venda, e aumento dos níveis de alavancagem.