A possibilidade de reabertura de uma mina da Vale teve repercussão do outro lado do mundo. Os contratos futuros do minério de ferro na China caíram cerca de 6% nesta quarta (20) com a notícia. É a maior queda em três meses.
A Vale informou na última terça (19) que a Justiça deve permitir à mineradora retomar as operações na mina de Brucutu, a maior mina de minério de ferro em Minas Gerais. Suas atividades haviam sido suspensas após o rompimento da barragem em Brumadinho (MG), que causou a morte de centenas de pessoas.
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A unidade de Brucutu tem capacidade instalada de 30 milhões de toneladas de minério de ferro. O montante corresponde a aproximadamente 8% da produção anual da Vale no Brasil.
“Não está claro para nós se o reinício é iminente. Se essa mina voltar a ficar ativa, isso aliviará parte do aperto esperado no mercado de minério de ferro“, disseram analistas da Jefferies, em comunicado. A Vale espera agora a aprovação das autoridades locais para voltar a operar a mina.
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O bloqueio foi concedido pela Justiça mineira em fevereiro, após uma ação do Ministério Público Federal. Na liminar, a mineradora é intimada em parar de lançar rejeitos na adutora de Brucutu, que não é do tipo a montante, como a de Brumadinho. A mineradora só poderia voltar a utilizar a mina depois que prestasse uma série de esclarecimentos e informações ao MP. O prefeito da cidade, Antônio Carlos Noronha Bicalho, disse ao jornal O Estado de S. Paulo que entre 80% e 90% da produção da mina foi paralisada pela ordem judicial.
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Com a notícia sobre a Vale, o contrato do minério na Bolsa de Mercadorias de Dalian caiu 5,7% na abertura do mercado. Depois, recuperou-se e fechou em queda de 3,8%, a 613,5 iuanes (US$ 91,40) por tonelada.
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