Minério de ferro cai na China e pode afetar desempenho das siderúrgicas no Ibovespa
Os contratos futuros de minério de ferro apresentam queda nesta segunda-feira (23), pressionados pelas restrições impostas pelo governo chinês à produção e comercialização da commodity. Com isso, as empresas siderúrgicas listadas no Ibovespa devem refletir a desvalorização do dia.
O contrato de minério de ferro em Dalian, para janeiro de 2022, fechou em queda de 1,1%, a 757 iuanes, por tonelada. O valor gira em torno de uma mínima de sete meses e meio, à medida que os controles de produção de aço e as restrições causadas pela Covid-19 na China pesam sobre o entusiasmo do mercado.
Já na bolsa de Cingapura, o contrato mais ativo do minério de ferro hoje, com data futura para setembro, recuava 1,5%, a US$ 136,60 a tonelada.
“A perspectiva de menor produção dos altos-fornos no segundo semestre de 2021 frente ao primeiro agora é uma realidade, embora os embarques de minério de ferro da Austrália continuem decepcionando”, disse Atilla Widnell, diretor-gerente da Navigate Commodities, à Reuters.
O especialistas indica que mantém um preço-alvo de médio prazo de US$ 140 a US$ 170 a tonelada de minério de ferro de Qingdao, para entrega à China.
A queda no valor da commodity e as baixas perspectivas de produção pode afetar o desempenho das siderúrgicas no Ibovespa hoje.
Companhias como Vale (VALE3), CSN (CSNA3), Usiminas (USIM5) e Gerdau (GOAU4) operam em linha com as negociações do minério.
Às 08:13, as ADRs da Vale em Nova York subiam 0,22%, negociadas a US$ 18,27.
Última cotação das siderúrgicas
Na sexta-feira, dia 20, as companhias siderúrgicas fecharam com resultados variados:
- Vale: +0,04%
- Usiminas: +0,12%
- CSN: -0,16%
- Gerdau: -0,47%
Embora o minério de ferro tenha fechado em alta de 5,86% no porto de Qingdao, negociado a US$ 140,44, a commodity chegou ao seu menor preço em seis meses.