Em meio ao aumento de casos da Covid-19 na China e possíveis implicações em seu plano de reabertura econômica, as ações de mineradoras e siderúrgicas ampliam perdas nesta segunda-feira (12).
As ações das mineradoras Vale (VALE3) e da CSN Mineração (CMIN3) fecharam em queda de 2,99% e 5,65%. O cenário de quedas não foi diferente para as siderúrgicas: CSN (CSNA3), Usiminas (USIM5) e Gerdau (GGBR4) recuaram 3,04%, 1,41% e 0,67%, respectivamente.
Nas últimas semanas, alguns anúncios do governo chinês impulsionaram o preço das commodities, principalmente o minério de ferro — que tiveram uma alta de 20%, passando de US$ 91 para acima de US$ 115 por tonelada. Isso porque, entre os planos de retomada econômica, a China prevê medidas para estimular o setor de construção.
Além disso, o país divulgou recentemente os dados da inflação ao consumidor (CPI) e ao produtor (PPI) com resultados dentro das expectativas. O primeiro caiu de 2,3% em outubro para 1,6% em novembro, enquanto o segundo manteve-se estável a 1,3% nos últimos dois meses.
Com a reabertura econômica da China, o mercado prevê maior demanda das mineradoras e siderúrgicas. Porém, até o momento, o país não confirmou quando isso de fato acontecerá.
Protestos contra a política de ‘Covid Zero’ na China derrubam bolsas na Ásia
Recentemente, as bolsas asiáticas fecharam em baixa, pressionadas pela aversão ao risco nos mercados por conta dos protestos na China contrários à rígida política de tolerância zero contra a COVID-19, adotada pelo governo do presidente Xi Jinping.
O episódio soma uma nova camada de incerteza quanto à economia da China, que recentemente flertou com o relaxamento de restrições.
Os protestos na China foram desencadeados por um incêndio com mortes em um apartamento na cidade de Urumqi, na região autônoma de Xinjiang, noroeste da China.
Para as bolsas de valores, o episódio eleva os questionamentos acerca do futuro econômico do gigante asiático, cuja demanda interna têm sofrido por conta dos lockdowns.
Com o novo aumento no número de infectados pela COVID-19, e a política rígida de isolamento no país, coloca-se em dúvida se de fato a China vai promover a reabertura do país como prometido. E, assim, se as expectativas com mineradoras e siderúrgicas irão se concretizar.