A exemplo das últimas semanas, o Bitcoin passou por um fim de semana conturbado. Relatos de que o governo da China intensificou sua repressão à mineração da criptomoeda pressionaram os preços entre ontem e a manhã desta segunda-feira (21).
Por volta das 8h20 desta segunda, a maior criptomoeda do mundo caía para US$ 32,3 mil, ficando abaixo de US$ 33 mil pela primeira vez desde 8 de junho. Rivais do Bitcoin, como Ethereum e XRP, também recuam. A Dogecoin, moeda “meme”, cai quase 14%, para US$ 0,22.
Segundo o jornal Global Times, apoiado pelo Partido Comunista, algumas minas de bitcoin em Sichuan, localizada na parte ocidental da China, foram fechadas ontem após as autoridades da província ordenarem a suspensão das atividades.
É estimado que 90% da capacidade de mineração da moeda será encerrada no local.
As agências de notícias Reuters e Bloomberg também reportaram as operações em Sichuan. A repressão na província segue o mesmo padrão das regiões da Mongólia Interior e Yunnan na China. O consumo de energia tem sido o principal alvo de preocupação do governo.
China aperta cerco dos adeptos do Bitcoin
Nesta segunda-feira, o BC chinês também informou que convocou o Alipay, empresa de pagamentos do Ant Group, ligado ao Alibaba (BABA34), para lhe pedir que reprima as negociações com a criptomoeda. A China não já aceita que instituições financeiras forneçam serviços ligados ao Bitcoin.
Segundo pesquisas, cerca de 65% da mineração global de Bitcoin é realizada na China. Segundo a blockchain.com, a repressão do país tem levado a um constante declínio no poder de processamento da moeda digital.
Mineradores procuram lugares como Sichuan para utilizarem seus computadores neste processo, pois são ricos em energia hidrelétrica devido ao regime de chuvas.
Embora questionado por personalidades como o CEO da Tesla (TSLA34), Elon Musk, e a secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, pesquisas apontam que o custo energético e ambiental do Bitcoin é menor do que outros setores da economia.
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