O governo informou às Forças Armadas que fará um corte de 44% na verba destinada à Defesa. O contingenciamento previsto era de 21%, porém o percentual foi aumentado e chega agora a R$ 5,8 bilhões. Sendo assim, o corte nos recursos aos militares só é menor do que o feito na Educação. Este chega a R$ 7,33 bilhões.
O anúncio do governo veio em um momento de conflito entre os militares e os chamados “olavistas”. Assim sendo, estes últimos representam apoiadores do filósofo Olavo de Carvalho. Os integrantes da Defesa ficaram sabendo do corte na verba durante almoço com o presidente na terça-feira (7). Dessa forma, foram informados os comandantes do Exército, da Aeronáutica e da Marinha.
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Entretanto, apesar do anúncio do corte de verba, a promessa feita aos militares é de que o contingenciamento pode ser revisto. Contudo, isso só ocorrerá no cenário de uma melhora da recuperação econômica do País. Com isso, o objetivo seria cancelar o corte para não afetar os projetos em andamento.
Essa informação foi confirmada também pelo porta-voz do governo, Otávio Rego Barros em pronunciamento. “Com a aprovação da nova Previdência e outras ações estruturantes, o governo entende que pode reacomodar esse orçamento, não só no Ministério da Defesa, mas em todos os outros envolvidos que foram contingenciados”, disse.
Militares X “olavistas”
Os militares ouviram os apelos do presidente Jair Bolsonaro para uma trégua com as intrigas com Olavo de Carvalho e seus seguidores. O filósofo tem feito muitas críticas e integrantes do governo. Dessa forma, já foram alvo de Olavo de Carvalho nomes como:
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- vice-presidente, Hamilton Mourão;
- ministro da secretaria de governo, Carlos Alberto dos Santos Cruz.
Em contrapartida, o ataque dos militares veio pelo general Eduardo Villas Bôas. O ex-comandante do Exército afirmou que Olavo de Carvalho “presta um desserviço ao País”. Logo em seguida, o filósofo respondeu ao ataque nas redes sociais. Contudo, a pedido de Bolsonaro, não houve uma tréplica dos militares.